sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

FORA DO AR

Por ordem do governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), a RTVE, a televisão educativa do governo foi interrompida a programação. A confusão começou quando Requião foi proibido pelo Tribunal Federal por meio do desembargador Edgard Lippermann Júnior com multas de R$ 50 mil se ele usar a emissora pública para atacar seus desafetos políticos, ou qualquer um que se opõe a ele; o ato autoritário culminou a saída da responsável pela qualidade dos trabalhos na RTVE, a professora Jozélia nogueira Broliani, da Procuradoria-Geral do Estado. Diante de fotógrafos, jornalistas e autoridades, o governador perdeu as estribeiras e acusou ela de desautorizá-lo das decisões na televisão, numa forma de humilhar disse: “ nunca mais faça isso”. Para Jozélia, não restou outra alternativa, pediu demissão em seguida.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, de hoje (25), o governador Roberto Requião diz que o desentendimento com o desembargador Lippermann começou há algum tempo, quando o governador mandava fechar os bingos, o desembargador dava liminares a favor de empresários para a reabertura dos bingos. Diante desse conflito, Requião se faz de vítima e diz que não tem espaço a mídia. Mas isso não justifica usar o público para promoção pessoal. Confundir o público do privado ainda continua sendo a regra por parte de políticos brasileiros.

O governador Requião é o reflexo do típico político que usa os meios de comunicação pública para promoção pessoal, aliás, isso é a cara do Brasil. A maioria dos políticos quando está no poder, um dos desejos é comprar emissoras de rádio, televisão ou jornal para usar contra aqueles que discordam de sua atuação como homem público, ai é começa a batalha e se perceber que estar perdendo, engrossa a artilharia contra os chamados adversários. A maioria dos veículos de comunicação do país está nas mãos de políticos e seus familiares.
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