domingo, 31 de janeiro de 2010

SÃO PAULO, A VENEZA BRASILEIRA

Há 38 dias chove em São Paulo, sempre no final da tarde ou madrugada e 2010 entra para história como o ano mais chuvoso. A capital já virou a Veneza brasileira.

Aroeira, via O Dia

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sábado, 30 de janeiro de 2010

VOX POPULI: DILMA SE APROXIMA DE SERRA

Eleições 2010 O Jornal da Band divulgou ontem (sexta-feira) a nova pesquisa Vox Populi para presidente. Foi realizada entre os dias 14 e 17 de Janeiro. O instituto trabalhou com dois cenários: um com Ciro Gomes e outro sem ele.

Cenário com Ciro em 11-14.dez.2009 e em 14-17.jan.2010

José Serra (PSDB) – 39% > 34%

Dilma Rousseff (PT) – 18% > 27%

Ciro Gomes (PSB) – 17% > 11%

Marina Silva (PV) – 8% > 6%

Indecisos, brancos e nulos – 18%

Cenário sem Ciro em 11-14.dez.2009 e em 14-17.jan.2010

José Serra (PSDB) – 46% > 38%

Dilma Rousseff (PT) – 21% > 29%

Marina Silva (PV) – 11% > 8%

Indecisos, brancos e nulos – 23%

A pesquisa Vox Populi entrevistou 2.000 pessoas em todas as regiões do Brasil a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais. Não foram divulgados no início da noite de sexta-feira, 29 de janeiro os percentuais de indecisos, brancos e nulos pelo contratante do levantamento, a TV Bandeirantes.

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sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

VOLTA AO TRABALHO

A Câmara Municipal de Sobral (CE) iniciará seus trabalhos legislativos de 2010 nesta segunda-feira, 01 de fevereiro. Marcada para às 17h00 a sessão no Plenário 5 de Julho pelo presidente Hermenegildo Sousa Neto.

Essa sessão é aguardada ansiosamente pelos servidores do serviço público de Sobral, pois será votado o Projeto de Indicação nº 067/10 de autoria do vereador Marco Prado (PSDB), o chocolate, solicitando ao Poder Executivo Municipal o envio de Projeto de Lei que reajuste os salários dos servidores públicos municipais retroativo a 1º de janeiro.

Segundo o site do SINDSEMS, a categoria já articula e mobiliza um grande número de servidores para acompanhar esta votação.
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EM CARTAZ

Em cartaz nos cinemas de São Paulo.
Do blog Comentando
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quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

À MULHER DE CABRAL

Do blog Estado Crítico

Esta semana foi revelado pela imprensa que o escritório de advocacia de Adriana Ancelmo Cabral, esposa do governador do Rio de Janeiro Sérgio Cabral Filho, cresceu 1.836% desde o início de seu mandato, em 2007. Não bastasse isso, o escritório tem entre seus clientes a concessionária Metrô Rio, que enfrenta graves problemas de funcionamento e não parece estar se importando com isso. Nesse caso, há um claro conflito de interesses que deveria ter levado a advogada a recusar o cliente.

Não posso aqui afirmar que há corrupção ou mesmo trapaça neste caso. Mesmo depois que o governador assinou um decreto que beneficiava diretamente um cliente de sua esposa – isso também pode ser coincidência.

Mas, assim como a mulher de César, a de Cabral deveria demonstrar mais honestidade.
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quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

ENTREVISTA : LÚCIO ALCÂNTARA

O ex-governador do Ceará, Lúcio Alcântara, por meio de email, concedeu entrevista ao blog Sou Chocolate e Não Desisto.

Presidente estadual do Partido da República (PR), Lúcio Alcântara fala sobre a “Caravana 22”, a escolha do pré-candidato do PR ao governo do Estado nas próximas eleições.

Também fala sobre as redes sociais na internet, a administração da capital cearense, governo do Ceará e o presidente Lula.

SCND. O senhor será candidato a deputado?
Sim, sou um pré candidato à Deputado Federal.
O deputado Léo Alcântara disputará um novo mandato à Câmara Federal?
Não, ele manifestou o desejo de se dedicar às suas atividades empresariais.
No Ceará há alguma possibilidade do PR (Partido da República) se coligar com o PSDB?
Pelo que leio na imprensa o PSDB deseja lançar candidato ao governo. Como nós já temos o nosso candidato, o Prefeito Roberto Pessoa, não vejo possibilidade de coligação.
O prefeito de Maracanaú, Roberto Pessoa será o candidato do PR ao governo do Ceará, como se deu a escolha desse nome?
Deverá ser, sim. A escolha deu-se naturalmente. Meu nome foi lembrado, mas apesar dos resultados das pesquisas eu não desejo concorrer ao governo. O nome do Roberto surgiu a partir de sua intenção de disputar a eleição e teve acolhida no partido e no povo.
O PR terá candidato ao Senado?
Quanto a isso ainda não sabemos. Vai depender de que coligações possamos fazer. As vagas poderiam caber a partidos aliados.

A “Caravana 22” que circula pelo Ceará tem surpreendido às expectativas do PR?

Podemos dizer que é um grande êxito. Temos sido recebidos carinhosamente pela população de distritos e sedes municipais o que nos tem animado bastante para a luta eleitoral de outubro. Fico surpreso com o grau de decepção com o atual governo. Há uma grande rejeição ao atual governador. Muitos se dizem arrependidos pela escolha que fizeram e até me pedem desculpa por não terem votado em mim.
Estamos no último ano do governo de Cid Gomes. O governo conseguiu engatar a primeira marcha?
A julgar pelo que ouço das pessoas a frustração é enorme.
Numa escala de zero a dez: qual é a sua nota para a segurança pública no Ceará?

Cinco
Entre ótimo, bom, regular e ruim, a administração da prefeitura de Fortaleza ficaria em qual item?

Ruim, a Prefeita é ótimo política e má administradora.

No Ceará o PR fará palanque para a candidata do presidente Lula?

Hoje o PR é da base de apoio no Congresso do Presidente Lula, mas ainda não definiu apoio para a ministra Dilma.

De 1 a 10 que nota o senhor dar ao presidente Lula?
Oito
O senhor fez “dobradinha” com a família Prado em Sobral, qual é a sua relação hoje com essa família?
Excelente, continuo amigo de todos. Jerônimo Prado e José Prado são lideranças que Sobral não esquece. Ricardo e Marcos dão continuidade à tradição familiar.
As redes sociais como o facebook, twitter, blog´s myspace, orkut serão um diferencial nas eleições deste ano?
São inegavelmente um fato novo mas sua importância só poderá ser avaliada quando o processo eleitoral se iniciar. Não há como se prever o que irá acontecer.
Visite o blog do Lúcio Alcântara
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terça-feira, 26 de janeiro de 2010

MARINA SILVA: MAKING OFF

Este vídeo foi lançado no Youtube pelo presidente estadual do PV (RJ), Alfredo Sirkis apresentando o making off do programa nacional do Partido Verde que irá ao ar no próximo dia 4 de fevereiro. Vi o vídeo no blog do Campbell.
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segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

SÃO PAULO, 456 ANOS !!!

Mesmo que não tenha mais o lampião de gás de Inezita Barroso, mas as coisas continuam acontecendo na Ipiranga com a São João como viu Caetano Veloso.

Nos versos da saudosa maloca ou no trem das onze de Adoniran Barbosa, São Paulo continua sendo a paulicéia desvairada de Mário de Andrade, a terra das oportunidades, da garoa que acolhe tudo e todos.
Nessa cidade que tem dimensões de um país, não é mais possível subir à Rua Augusta a 120 por hora, mas ainda se pode fazer uma ronda pela cidade como disse Paulo Vanzolini.
A todos os operários de Tarsila do Amaral que contribuíram e continuam dando o melhor de si para a construção dessa cidade dia a dia desejamos tudo de bom. São Paulo, 456 anos, Parabéns !!!
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sábado, 23 de janeiro de 2010

IMAGEM DA SEMANA

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrega a um dos militares mortos no Haiti a Medalha do Pacificador com Palma.
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sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

BRIZOLA, 88 ANOS !

O PDT (Partido Democrático Trabalhista) em seu site lembrou o aniversário de sua principal estrela: Leonel de Moura Brizola. Se estivesse vivo completaria hoje 88 anos. Brizola nasceu em 22 de janeiro de 1922, no povoado de Cruzinha, perto de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul.

Não se viu nada a respeito desse político importante na história do Brasil nos grandes veículos de comunicação. A militância não se manifestou nem em redes sociais.

Para as novas gerações e para quem gosta do tema política, o blog Sou Chocolate e Não Desisto dar uma dica para conhecer um pouco mais sobre a história desse homem que desafiou a Rede Globo nos anos 80 e venceu o governo do estado do Rio de Janeiro. Vale a pena ler El Caudillo – um perfil biográfico do jornalista FC Leite Filho.

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PÉ FRIO

Do blog do Bené Fernandes.

Ele só queria ajudar(?) oferecendo 1 mil reais para quem fizesse o Gooool da vitória do Cacique do Vale. Mas só deu foi azar! O guarany só venceu a primeira partida, contra o Maranguape por 2X1, justamente no dia em que Ele não tinha feito a "bondosa oferta". Depois que Ele arrumou essa idéia da doação dos Mil contos de réis, o Guará, Guará, Guarany só empatou.

E no último confronto, em que cedeu mais uma vez o empate, agora para o Horizonte, o time saiu vaiado, xingado e o trocedor desconfiado. O blog tomou conhecimento que o OMAN desistiu dos Mil reais. UFA!!! Pode ser que agora vença!!! E que venha e volte o BOA VIAGEM...
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GOLPES BAIXOS

Charge do Clayton do jornal O Povo .

A campanha eleitoral começa oficialmente a partir de 5 de julho, mas os principais partidos políticos do país; PT e PSDB parecem que resolveram adiantar e semana passada o PT e PSDB duelaram com uma chuvarada de notas onde um chamou o outro de “mentirosa”, outro rebateu com “jagunço”.

Os ânimos estiveram exaltados e o PSDB resolveu ir à Justiça contra o presidente Lula e ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff por propaganda antecipada. É apenas o começo de uma campanha que promete muita lavagem de roupa suja e golpes baixos.

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quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

UM ANO SEM JURACI MAGALHÃES

Há um ano faleceu no Hospital São Mateus em Fortaleza (CE), Juraci Magalhães, vítima de um câncer que lutava desde 1997.

Nascido em Senador Pompeu, no sertão dos Inhamuns, no Ceará Juraci Magalhães foi três vezes prefeito de Fortaleza, em 1994 concorreu ao governo do estado, em 2006 tentou a Câmara federal, mas não foi eleito.

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quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

MARINA SILVA NAS PÁGINAS VERMELHAS

Em entrevista a revista TPM a senadora, Marina Silva (PV-AC) fala sobre sua infância no seringal, família, preconceito, religião, aborto e como ingressou na política. Ela afirma que é determinada e uma pessoa movida pela fé.

Marina Silva diz que muitas pessoas sempre deram apoio a ela e que a educação foi a fresta por onde entrou. Também fala porque deixou o PT após três décadas militando e diz que o Brasil está preparado para eleger uma mulher, porque já elegeu um sociólogo, um metalúrgico. Confira entrevista concedida ao jornalista Fernando Luna.

Tpm. O Brasil está pronto para eleger uma mulher presidente?

Marina Silva. Se já elegeu um sociólogo e um metalúrgico, está pronto pra eleger uma mulher.

O país não é muito machista para isso?

Mas é também muito ousado. A sociedade brasileira é capaz de se colocar à frente de seus próprios preconceitos.

A senhora é mulher, negra, tem uma origem pobre e é evangélica. Já sofreu preconceito por ser mulher?

Às vezes as pessoas usam isso até para se promover... [Ri] Mas não sofri, não. Pelo contrário, era uma vantagem. Ameaçavam o [líder ambientalista assassinado em 1988] Chico Mendes, e eu, que fazia as mesmas coisas e tinha as mesmas lutas, nunca fui ameaçada. É bom quando as pessoas não ficam tão preocupadas com você, deixam você trabalhar. Faça e aconteça, depois as pessoas vão perceber.

Já sofreu preconceito por ser negra?

Não. Venho de uma realidade bem diferente: minha mãe era branca, mas era apaixonada por meu pai, negro. E ela era uma matriarca. Fui descobrir o preconceito contra a mulher e contra o negro na cidade.

Por ser pobre?

Não.

Nem quando trabalhou como doméstica?

Não. As pessoas me respeitavam, me acolhiam. Nunca fui de me colocar no lugar de vítima nem de ficar confrontando as pessoas. Senti preconceito por ser excluída entre os excluídos: “Ah, a Marina é seringueira, é filha de seringueiro”. Quando fui fazer minha identidade, a mulher não queria que colocasse que nasci no seringal Bagaço. Era feio dizer que nasci lá. “Minha filha, você já tá morando aqui, diga que é da cidade...” Fiz ela botar o Bagaço.

Sofreu preconceito por ser evangélica?

Isso sim. As pessoas têm uma visão preconcebida... Obviamente tem base de realidade, mas preconceito é quando você generaliza uma coisa: se você é evangélico, é conservador. Algumas pessoas, até amigas, já falaram: “Achava você tão inteligente, como pode ser da Assembleia de Deus?”.

O que a senhora responde?

Sorrio para elas.

Parte desse preconceito vem da atuação controversa de muitas igrejas evangélicas, especialmente em relação ao dízimo.

O dízimo é instituído biblicamente para os que creem e professam essa fé. Tem que ser um ato espontâneo do dizimista, correto?

Mas há muita forçação...

[Interrompe] É isso que estou dizendo. A própria palavra de Deus diz que não pode haver constrangimento. Mas as igrejas são formadas por seres humanos, com falhas, como em todos os lugares.

Como lida com as próprias imperfeições?

Lido de maneira imperfeita, manejando cada uma delas...

E com seus limites, as doenças a ensinaram a lidar com eles?

Me ensinaram a valorizar muito a vida, uma linha muito tênue, muito frágil. A gente não pode se colocar num lugar de onipotência. A gente tem que se conectar com a potência da vida.

Quando ficou doente pela primeira vez?

Leishmaniose tive com uns 4 anos de idade. Malária, com uns 5. Depois dos 13 anos, peguei outras malárias. Também tive hepatites.

Não devia ser fácil se recuperar no meio da floresta, sem recursos.

Na minha casa se adoeceu muito pouco. Isso até os meus 13 anos, quando passou a BR-364. A retirada da floresta levou a um surto de malária. Junto com o sarampo, foi uma guerra biológica. Nesse período, perdi duas irmãs, perdi meu tio [faz uma pausa]... Perdi minha avó, meu primo e, seis meses depois, a minha mãe morreu de aneurisma.

Foi uma morte repentina.

Ninguém esperava. Ela ficou com uma dor de cabeça às quatro da tarde e, no outro dia, às oito da noite, morreu. Como estava tendo um surto de meningite, e uma irmã minha já havia pegado, os médicos supuseram que era meningite. Não deixaram trazer o corpo. Do hospital, ela já foi pro necrotério. Ninguém viu.

Não foi ao enterro?

Não. Vimos ela sair de casa e nunca mais.

Qual a última lembrança dela?

[Silêncio] Meu pai tava fazendo uma casa nova. Minha mãe sonhava em ter uma casa coberta de cavaco [lascas de madeira], em vez de palha de jaci ou urucuri, que dava muito rato e barata. Ela já tava com um pouco de dor de cabeça. Amarrou um pano com rodelas de mandioca em torno da cabeça, e tava entregando os cavacos pro meu pai, que tava em cima da casa, empilhando os cavacos. De repente, ela falou: “Agora tá ficando tudo escuro”. Ele desceu rapidinho e já levou ela pro quarto. Ela começou a gritar com muita dor de cabeça. Meu pai pediu pro meu primo ir pra beira da estrada. Ele ficou lá um tempão, até que passou um caminhão. A sorte é que tava no verão, no inverno demorava às vezes quatro dias pra chegar a Rio Branco. Meu primo foi atrás desse caminhão, voltou num táxi e levou minha mãe, meu pai e minha irmã mais velha. Aí, nunca mais a vimos.

Isso a obrigou a amadurecer mais rápido, a assumir a casa?

Tinha minha irmã mais velha, mas ela casou um ano depois. Eu era uma dona de casa simbólica. Fiquei doente, não conseguia mais trabalhar, nem conseguia fazer comida.

Chegou a ser desenganada pelos médicos?

Algumas vezes, mas nunca acreditei. A primeira vez, aos 16 anos: cheguei doente na cidade, muito frágil, muito amarela. Estava com hepatite, mas acharam que era malária. Foi uma coisa devastadora. O médico me olhou e disse: “Essa aí já tá com a alma no inferno há muito tempo”. Nunca me esqueço do único remédio que ele passou pra mim: um vidro de Eparema. Peguei hepatite de novo, em 79. Novamente ouvi o médico dizer que dessa vez seria muito difícil, que podia ser uma cirrose, que não tinha jeito... Na gravidez da minha mais nova, que hoje tem 17 anos, estava muito doente...

Como foram seus partos?

Dois naturais, um a fórceps e uma cesariana. A fórceps foi muito difícil, mas não aconteceu nada com a minha filha. Na cesárea é que eu estava muito doente. Corria risco de morte, fui até meu limite. Quando completou oito meses, meu obstetra falou: “A criança está ótima, vamos tirar agora”. Ela nasceu com 3,2 quilos e eu pesava 47 quilos [Marina mede 1,65 metro].

Onde foi seu primeiro parto?

Numa maternidade mesmo, como indigente. Era como chamavam quem não tinha INPS, quem não tinha nada. Como era indigente, não podia ter visita. Na época, eu fazia parte de um grupo de teatro. Meus amigos foram me ver. Sabe como é artista, né? O primeiro que veio falou que era meu marido. Tudo bem, entrou. Daí chega outro e também diz que é o marido. Entrou. Quando foi seis da tarde, o meu marido chegou. Ele trabalhava fora, e não existia celular para avisar... Aí a enfermeira não aguentou e me descascou: “Minha filha, que tanto marido é esse?!” [risos].

A senhora já fez aborto?

Não, não.

O que acha da legislação?

Existe uma legislação consolidada, que permite o aborto em alguns casos, como estupro, risco para mãe e algumas questões envolvendo o feto. Do ponto de vista pessoal, me coloco em uma posição contrária ao aborto.

Não deveria ser legal a mulher decidir abortar ou não?

Isso tem uma complexidade muito grande. Envolve aspectos culturais, filosóficos e espirituais. Numa questão como essa o adequado talvez seja fazer um plebiscito. Não será o presidente que irá, por decreto ou por qualquer atitude, resolver uma coisa dessas.

A senhora tem um sinal no nariz.

É da leishmaniose. É uma úlcera de pele. Apareceu em menos de dois dias, muito rápido. Conheci pessoas que ficaram extremamente deformadas, e até pessoas que foram a óbito. Na época, para curar precisava de um remédio muito tóxico, à base de antimônio. Até a casa aviadora, de onde vinham as coisas que a gente não era capaz de produzir, como remédios, sal e munição, dava 11 horas de viagem a pé. Quando peguei a doença, meu pai andou 11 horas até lá e voltou caminhando outras 11 horas, com o remédio. Quando chegou, estava tão cansado que, nunca me esqueço, deitou no chão de casa com os braços para trás, todo sujo de lama do varadouro. Tomei 45 injeções para sarar isso aqui.

Alguma sequela?

Apareceu uma contaminação de mercúrio. Os médicos acham que o antimônio da vacina apareceu na forma de mercúrio. Me criou problemas de visão, no pâncreas, nos rins... Mas fiz tratamento de desintoxicação por muito tempo, em São Paulo, nos EUA. Depois, fiz uns exames na Fundação Evandro Chagas e o nível de contaminação estava abaixo do que prescreve a Organização Mundial da Saúde.

A senhora considera que teve uma infância dura?

Era dura, mas a gente funciona pela dualidade. Não tinha contato com pessoas ricas, só com pessoas semelhantes à gente. Então, ficava difícil reclamar se a vida de quem estava ao lado era parecida com a sua. Sabia que era dura no sentido de trabalhar no roçado, de cortar seringa. Mas eu e minhas irmãs trabalhávamos brincando. Não era um trabalho forçado, era um trabalho necessário, que fazia parte da ajuda à família, da aprendizagem... Tinha muita diversão. Correr e brincar no igarapé, escutar o teatrinho infantil às seis horas da tarde no rádio... Eu ficava fascinada pelas radionovelas da [rádio] Rio Mar, da Ivani Ribeiro.

O que aprendeu com as radionovelas?

Aprendi a falar. Ia vendo que aquela língua da novela era diferente da nossa. Eles falavam “colher”, a gente falava “cuié”. Comecei a achar que nós estávamos errados e a falar como nas novelas. Minha mãe brigava comigo: “Marina é metida, tá falando língua de gente besta da cidade” [risos].

O que aconteceu de diferente na sua trajetória que a fez sair do seringal e virar senadora?

Sou movida a fé e determinação. Tem a marca do indivíduo, mas tem também uma série de pessoas que te apoiam. O que fez a diferença na minha vida foi a educação. Educação foi a fresta por onde entrei.

Imagino que não esteja se referindo só à educação formal.

Não, não. Mas a educação formal foi a fresta. Fiz Mobral [curso de alfabetização] com 16 anos, depois supletivo... Talvez tenha sido tão bem aproveitada porque na minha vida havia uma estrutura organizada. A aprendizagem que tive no universo da floresta era de muita brincadeira, fundamental pro indivíduo... Minha avó era católica e eu, desde criancinha, tinha o sonho de ser freira. Ela dizia: “Freira não pode ser analfabeta”. Aquilo ficou como um obstáculo pra mim.

Por isso resolveu estudar?

É.

Seus irmãos também queriam estudar?

Não era assim. Não tinha escola, ninguém mandava os filhos pra cidade. Educar era passar os valores da família e, ao mesmo tempo, ensinar a viver na floresta. Sendo que as mulheres eram sempre educadas pra ajudar a cuidar do roçado e da casa. Mas, no nosso caso, em função do matriarcado da nossa mãe, aprendemos também a cortar seringa e a fazer os ofícios dos homens... Quando o homem manda, é natural. Quando a mulher tem um protagonismo, parece que fragiliza o homem. Não devia ser assim. O matriarcado não retira o lugar do homem. Só dá à mulher um lugar da governança.

Mulher governa de maneira diferente?

Completamente diferente. Ela movimenta todas as peças da casa. O homem acha que, se ele dá ordem pra mulher, a ordem baixa, já deve estar subentendida pros filhos. É mais verticalizado. As mulheres vão de uma forma mais sistêmica, horizontal.

Por que a senhora quer ser presidente?

Ser presidente é contribuir para que as boas ideias se transformem em políticas públicas. O maior desafio do Brasil é ter um desenvolvimento sustentável, capaz de garantir às pessoas qualidade de vida, saúde, educação, habitação, entretenimento, conhecimento e inovação tecnológica sem destruir as bases naturais, a biodiversidade, os recursos hídricos, a terra fértil, enfim, todas as condições naturais que nós temos.

As eleições de 2010 são apenas um ensaio ou a senhora acredita que pode vencer?

Tenho chance real de ganhar, não é apenas um ensaio.

Mesmo num partido pequeno como o PV?

Se tivesse olhado para estrutura, nunca teria ajudado a criar a estrutura que o PT tem hoje no Acre... São 30 anos de luta socioambiental no Brasil. A internet vai ter um papel importante, sobretudo para aqueles que, como eu, não têm muito tempo de televisão. Espero que possa fazer diferença.

Muita gente afirma que a senhora só tem um assunto, meio ambiente.

Não dá mais para fazer essa compartimentalização. As coisas estão integradas. É um engano achar que uma economia descarbonizada é só uma bandeira de ambientalista. Tem que ser bandeira de empresários, de formadores de opinião, de cientistas, de políticos e de não políticos.

Com a sociedade mais organizada, a política convencional ficou menos relevante?

Depende. Os partidos estão cada vez mais relevantes, infelizmente, como máquinas de ganhar poder. Mas estão cada vez mais retraídos como espaço para discutir ideias, projetos, visão de mundo, visão de país.

Se o poder está em um lugar e as ideias em outro, como juntar os dois?

Reelaborando o papel dos partidos. Os partidos não podem ter a pretensão de hegemonizar a sociedade. Existem pessoas que dão contribuições políticas, mas não querem estar em partidos. São os núcleos vivos da sociedade. Os partidos têm que aprender a se relacionar com esses núcleos. É mais um processo de coautoria do que de hegemonia de ideias.

Como está se preparando para enfrentar uma campanha presidencial?

A preparação é algo que você tem que ter adquirido ao longo da vida. Essa trajetória é que será colocada à prova. Gosto muito da ideia de que “boa madeira não cresce em sossego”. Diz que quanto mais fortes os ventos, mais fortes as árvores.

O que os seus filhos e o seu marido pensam da sua candidatura?

Não é fácil, mas eles têm sido muito acolhedores e parceiros. Com inseguranças, também.

Pelo jogo sujo que costuma haver nas campanhas?

Eu era uma das pessoas escaladas para responder às queimações contra o Lula. Era muito pesado. Já era difícil me ver na berlinda defendendo o Lula dos preconceitos, “e agora como é que vai ser em relação a você, mamãe?”... Tento me colocar como uma pessoa que aprendeu muito com o sofrimento que tivemos dentro do PT nos últimos anos. Vi pessoas de quem gostava e que respeitava sendo desconstruídas.

A senhora acha que foram tratadas injustamente?

Em alguns casos, não tinham sequer a oportunidade de colocar a sua visão... Algumas pessoas erraram, foram erros graves, e devem responder por eles.

O que restou da sua relação com Luiz Gushiken, José Genoino, José Dirceu?

Não temos mais contato, ficou um certo distanciamento. Mas não alimento a execração dessas pessoas. Genoino foi muito importante na minha vida, e lamento as coisas que aconteceram com ele. O que desejo é que tudo possa ser esclarecido com justiça.

A senhora não deveria ter se pronunciado com mais veemência na época do Mensalão?

Me pronunciei nos espaços em que podia me pronunciar. Mas nunca coloquei que saí do PT em função daquilo.

Como foi a saída do PT?

Foi doloroso para mim. Saí pelas mesmas razões pelas quais fiquei tanto tempo. Para lutar pela minha causa, pela causa que tem que ser de todos os brasileiros, de todo o planeta: o desenvolvimento sustentável. Que, infelizmente, no PT ainda não foi assimilada.

Além de sair do PT, onde esteve por 30 anos, e entrar no PV, a senhora trocou a religião católica pela evangélica. Como foi mudar duas coisas centrais na sua vida?

Tenho excelente relação com meus irmãos católicos, respeito muito. Continuo cristã. Um processo de conversão não é algo que se possa racionalizar. Você pode fazer a escolha... Como o próprio Jesus dizia, “não é pela força nem por violência, é pelo toque do espírito”.

Foram transformações importantes, em uma altura da vida em que a maioria das pessoas está mais rígida, menos aberta a mudanças.

Santo Agostinho se converteu aos 40 anos. Existem inúmeros exemplos de pessoas que fizeram algo parecido. Se você acha que as coisas estão cristalizadas, fica muito difícil mesmo. Mas se você entende que, em alguns momentos, tem que passar por um processo de desadaptação criativa daquilo que você sempre foi... Isso não tem nada a ver com uma posição frágil.

Como é a sua relação com o líder de seu novo partido na Câmara, Zequinha Sarney?

De respeito e amizade. Eu o conheci quando ele era ministro do Meio Ambiente. Foi uma pessoa que entrou para ser ministro, talvez até pelo viés tradicional, e realmente se converteu à causa.

Ele apareceu nos escândalos que o pai dele, o senador José Sarney, protagonizou, como no caso da empreiteira que teria facilitado a venda de um imóvel para ele.

Essa questão da casa não ficou comprovada. As dúvidas que apareceram estão todas sendo investigadas, e devem ser investigadas. Inclusive para que os inocentes sejam inocentados e os culpados sejam punidos. Mesmo que minha posição tenha sido pelo afastamento de Sarney [da presidência do Senado], o deputado José Sarney Filho foi um dos grandes entusiastas da minha entrada no PV.

Esta será a primeira eleição presidencial sem o Lula em 21 anos. Ele vai fazer falta?

Sem o Lula em termos, ele vai ter um papel muito forte... Não vou votar no Lula pela primeira vez. Ainda bem que ele não é candidato! [Risos.]

Como foi sua aproximação do empresário Guilherme Leal, cotado para ser seu vice?

Conheci o Guilherme quando já estava aqui no Senado, muito pelo trabalho que ele vinha fazendo no Instituto Ethos, um grupo de empresários que foram a vanguarda do socioambientalismo no Brasil. Ele não usa a questão ambiental como marketing. Tem mais gente assim, como o Oded Grajew, o Ricardo Young, o Roberto Klabin, o Israel Klabin, o Eduardo Capobianco...

Mas vice-presidente só pode ter um...

[Ri] Sim, mas até agora o Guilherme só se dispôs a se filiar ao PV. Já foi muito bom. Não assuste o Guilherme!

Um empresário como vice ajudaria a acalmar alguns setores da sociedade, como José Alencar fez em relação ao Lula?

Acho que o Guilherme vai se sentir muito honrado em ser comparado ao nosso querido José Alencar... Olha, a realidade responde na língua em que é perguntada. É pretensão achar que se pode falar todas as línguas e pertencer a todas as tribos. Então, se para os empresários é bom ter seus pares falando as mesmas coisas que falo, ótimo.

Como mudou sua relação com o tempo desde que se tornou candidata?

O tempo já era um recurso precioso e escasso...

E não renovável.

[Risos] Exato. Agora, está mais precioso e mais escasso. Com mais necessidade de ser bem manejado. Mas está no começo, ainda é uma pré-candidatura. Meu dia começa mais ou menos às 6h15. A agenda, por volta das 8h30, e acaba bem tarde. Ontem saí daqui do gabinete [no Senado] às 22h40.

O tempo da sua infância, no interior do Acre, devia ser muito diferente.

O tempo era longamente degustado. As coisas aconteciam lentamente. As distâncias eram muito grandes, também. A casa mais próxima da nossa ficava a 1h45 de caminhada. O comboio que trazia mercadorias e levava borrachas passava de 15 em 15 dias. Aprendi a viver com estes dois tempos: o tempo de acolhimento, em que você é capaz de processar as coisas e ter alguma intimidade, e o tempo da cidade, que expõe, exibe, busca a velocidade.

Qual foi a primeira cidade em que morou?

Manaus. Tinha 6 anos de idade quando meu pai vendeu nossas benfeitorias, porque o seringal era do patrão, e fomos para lá. Ficamos cinco meses em Manaus, num bairro de invasão chamado Morro da Liberdade. Não deu certo. Antes de o dinheiro acabar, meu pai resolveu ir para Belém. Ficamos um ano e oito meses. Depois, tivemos que voltar pro Acre, altamente endividados.

Como foi chegar a Manaus?

Me assustou muito aquilo tudo. Mas era uma criança curiosa, então comecei a prospectar a cidade, escondida da minha mãe.

Saía de casa escondida?

Saía com uma prima que é um ano mais velha, tinha uns 7 anos. Nós fomos a um colégio de freiras. Foi a primeira vez que vi um piano e um tapete. Tinha uma freira e uma moça estudando piano com ela. Ouvi aquela música e achei tão bonito... Nunca tinha ouvido uma música daquela, ainda mais saindo de uma caixa de madeira. Quis me aproximar, mas a gente tinha andado pelo igarapé, na lama, e estava com as sandalinhas sujas. Tirei a minha sandalinha, botei na mão e saí caminhando pelo tapete. Quando a freira viu, disse: “Não precisa tirar as sandálias”.

E esse cuidado de tirar as sandálias sujas?

Morei com a minha avó dos 5 anos pra frente, lá no seringal. Ela era velhinha, tinha uma mão dura, o que dificultava fazer algumas coisas. Aprendi que quanto menos sujasse a casa, melhor, pra minha avó não trabalhar. Então, nunca entrava com a sandália suja dentro de casa.

Por que você morava com ela, e não com seus pais?

Me apeguei muito à minha avó. Minhã mãe ia pro roçado com meu pai, e eu ficava com a minha avó. Aos 4 anos, comecei a insistir a morar com ela.

E a sua mãe?

No início, resistiu. Mas era uma casinha perto, uns 10 minutos andando dentro de uma capoeira. Persisti, até que ela deixou. Ia brincar com os meus irmãos na casa do meu pai e, como não gostava daquela barulhada, voltava pra minha avó... Era uma criança que vivia com pessoas idosas, também morava lá um tio que era xamã.

Xamã?

Gostava muito dele. Viveu com os índios dos 12 aos 37 anos, por aí. Depois, saiu da aldeia do Alto Madeira e foi morar com a gente. Ele me ensinava um pouco de pescaria, de cerâmica, os segredos da floresta. De sete em sete anos, ficava 40 dias e 40 noites na mata. Um retiro, um ritual, não sei explicar... Quando ele ia, eu ficava rezando à noite, com medo de a onça comer ele.

Já viu onça?

Cara a cara, não. Mas ouvi o esturro. Passei com minhas irmãs perto de onde ela guardou a carniça. Foi uma experiência forte. Nossos cachorros ficaram ganindo, uns se urinavam, outros se obravam. Nós ficamos desesperadas, subimos numa árvore. E os cachorros lá embaixo pedindo socorro [risos]. A sorte é que tinha uma espingarda. Como a gente não sabia atirar, minha irmã pegou o cano da espingarda e buzinou nele para pedir ajuda. Meu pai escutou e veio...

Vocês andavam com espingarda?

É, minha mãe achava que poderia dissuadir alguma abordagem.

De homem?

É, de homem. Era uma espingarda calibre 20. Minha irmã mais velha era quem tinha a autorização pra carregar. Graças a Deus, nunca aconteceu nada.

Como eram os rituais do seu tio xamã, fazia fumegações, conversava com espíritos?

Na linguagem espiritual dele, sim. Se alguém ficava com azar pra caçar, pra pescar, pra qualquer coisa, recorria às defumações dele.

Ele chegou a fazer alguma coisa quando a senhora ficou mais doente?

Não... O que ele fazia era me dar chás e me ensinava a fazer chás.

Conhece bem as plantas?

Uma boa parte, sim. Meu pai às vezes me testa. Se você tá com febre, parecendo malária, toma chá de quinaquina. Se tá com anemia, chá de casca de jatobá; diarreia, chá de olho de goiaba; verminose, come semente de jerimum com semente de mamão.

Já tomou o chá do Daime?

Não. Conheço algumas comunidades do Daime, tenho amigos lá do Santo Daime, mas nunca senti necessidade de tomar. Sempre tive a minha espiritualidade... Teve um momento de um certo distanciamento, mas depois retomei novamente.

Que momento foi esse?

Foi durante a militância estudantil.

Uma conversão marxista?

Quase. Você vai se envolvendo nos movimentos sociais, nas lutas... Tanto que meus amigos marxistas-leninistas me chamavam de “igrejeira”.

Chegou a considerar religião o ópio do povo?

Não, conhecia muitas pessoas como [o arcebispo de Porto Velho] dom Moacyr Grecchi para imaginar que o que faziam era o ópio do povo.

Alguma experiência com drogas?

Nunca. Bebida alcoólica, só Biotônico Fontoura [risos]. Com tantas malárias e hepatites, tenho um fígado muito delicado, não dá para chegar perto de bebida alcoólica.

Como reage a uma certa unanimidade que se forma em torno da sua figura?

Com a clareza de que ninguém está acima do bem e do mal, de que somos todos seres humanos, pessoas falhas... Não se pode alimentar esse processo de mitificação.

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terça-feira, 19 de janeiro de 2010

SEGUUUURA PEÃO !!!

O senador Romeu Tuma (PTB-SP), fazendo valer a fama de xerife não perdeu tempo em agosto do ano passado e foi a festa do Peão de Boiadeiros de Barretos, interior de São Paulo e se hospedou num resort country, o mais caro da cidade. A conta dos três dias que esteve no resort equivalente a R$ 14.127 foram pagas pelo contribuinte; o xerife Tuma mandou a conta para o Senado pra ser ressarcido.
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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

PIÑERA É O NOVO PRESIDENTE DO CHILE

Numa eleição disputadíssima o ex-presidente Eduardo Frei perdeu a eleição para Sebastián Piñera. A coligação Coalizão pela Mudança de Piñera chegou ao fim com 51,61% e o candidato Eduardo Frei da coligação Concertación terminou com 48,38% dos votos.

Nem a aprovação altíssima da presidente Michelle Bachelet, algo que chega a 80% foi o suficiente para salvar a candidatura de Eduardo Frei e evitar que a direita voltasse ao poder após cinco décadas.
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domingo, 17 de janeiro de 2010

O RANKING DO LIXO

O programa da rede Globo, Fantástico exibiu hoje a noite uma reportagem em que mostra o ranking das capitais mais sujas. A reportagem sugeriu que o Departamento de Limpeza deixasse de recolher o lixo das ruas durante um dia a fim de ver quanto é jogado de porcaria no meio delas.

Estranho a cidade de São Paulo ficar em 5º lugar no ranking, afinal, é a maior cidade do país e os transeuntes não são tão educados assim e nem a eficiência do departamento de limpeza é exemplar. Eu moro na capital, no centro e não vejo essa limpeza ou educação por parte da maioria, pelo contrário, qualquer papel de bala vai ao chão jogado por quem há instantes estava segurando.

A reportagem tem conotação política, favorável a um grupo partidário, tentando camuflar a gestão desastrosa do prefeito Kassab que chegou ao paço municipal a tiracolo do então prefeito Serra e foi reeleito com as bênçãos do PSDB. É uma forma de esconder a inércia do governo municipal e tentar desviar o olhar para outros governos que não fazem parte da conexão do tucanato.

Ranking do lixo:
01. Salvador: 1,2 tonelada
02. Fortaleza: 1,08 toneladas;
03. Belém, 710 quilos;
04. Rio: 680 quilos;
05. SP: 540 quilos;
06. Goiania: 203 quilos:
07. Curitiba: apenas 33 quilos.
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BRASÍLIA, 50 ANOS !!!

Inaugurada em 21 de abril de 1960, pelo então presidente Juscelino Kubitschek de Oliveira, Brasília é a terceira capital do Brasil, após Salvador e Rio de Janeiro. A transferência dos principais órgãos da administração federal para a nova capital foi progressiva, com a mudança das sedes dos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário federais.

O plano urbanístico da capital, conhecido como "Plano Piloto", foi elaborado pelo urbanista Lúcio Costa, que, aproveitando o relevo da região, o adequou ao projeto do lago Paranoá. O lago armazena 600 milhões de metros cúbicos de água.

Sob as linhas retas e curvas do arquiteto Oscar Niemeyer, nasce Brasília. Um grande desafio; a cidade foi construída na velocidade de um mandato, e Niemeyer teve de planejar uma série de edifícios em poucos meses para configurá-la.

O blog indica dois livros biográficos sobre Juscelino Kubitschek: JK – O artista do impossível do jornalista Cláudio Bojunga e Juscelino Kubitschek – O presidente bossa-nova da jornalista Marleine Cohen com prefácio de Maria Adelaide Amaral.

Brasília, 50 anos, parabéns!!!

Galeria de Governadores

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sábado, 16 de janeiro de 2010

AS 115 VOLTAS AO PLANETA TERRA

O site Congresso em Foco que faz a cobertura do poder em Brasília e mostra o dia a dia dos nossos representes, recentemente publicou uma reportagem com o nome de dez senadores que mais gastaram com combustível nos últimos nove meses de 2009. Os senadores enfiaram o pé na estrada e pisaram forte no acelerador com o dinheiro público e consumiram R$ 436,6 mil, o equivalente a 156 mil litros de gasolina.

Com tanta gasolina no tanque, o Congresso em Foco fez as contas e daria para ir fazer 291 viagens de carro entre as duas capitais mais distantes do país; Porta Alegre (RS) e Boa Vista (RR), que estão separadas por 5.348 km ou percorrer a rodovia mais extensa do Brasil, a BR- 101, com seus 4.551 km que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Daria para cruzar a Terra 115 vezes.

O campeão em gastos de combustível com o dinheiro público é Jayme Campos (MT) que apenas cinco meses gastou R$ 66 mil com combustíveis. A lista segue com o nome desses senadores que têm apreço pelo dinheiro público. Gilberto Goellner (MT), Marconi Perillo (GO), Cícero Lucena (PB), Augusto Botelho (RR), Almeida Lima (SE), Romero Jucá (RR), Expedito Júnior (PR-RO) Efraim Morais (DEM-PB) e Romeu Tuma (SP). Estes são os dez senadores que mais encheram o tanque com dinheiro público.

Confira a reportagem completa no Congresso em Foco.
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segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

SÉRGIO GUERRA NAS PÁGINAS AMARELAS

Em entrevista a revista Veja nesta semana, o presidente nacional do PSDB, o senador Sérgio Guerra (PE) fala sobre economia e as eleições presidenciais deste ano. Confira trechos da entrevista concedida ao jornalista Diego Escosteguy.

Economia: “Iremos mexer na taxa de juros, no câmbio, e nas metas de inflação. Essas variáveis continuarão a reger nossa economia, mas terão pesos diferentes”. Disse Sérgio Guerra, caso seu partido saia vencedor das eleições em 3 de outubro.

Lula: “Acho que Lula foi o último presidente a fazer política com as mãos sujas. Não há mais espaço para esse tipo de mentalidade que redundou no mensalão, na compra espúria do Parlamento”.

Dilma Rousseff : “ Ela nunca foi candidata, não tem história, hospedou-se por algum tempo no PDT e agora foi para o PT. Dilma não tem o que dizer nem o que mostrar. Qual o currículo dela? Dilma é candidata porque o presidente assim quis. Mas essa história de Lula de saias não funciona”.

Eduardo Azeredo: Sobre o ex-presidente nacional do PSDB e ex-governador mineiro, Eduardo Azeredo ter se tornado réu no STF acusado de liderar o mensalão mineiro, Sérgio Guerra disse: “Eu não concordo que tenha havido mensalão em Minas. O senador Azeredo é um dos homens públicos mais íntegros do país. Temos certeza de que ele será inocentado no Supremo Tribunal Federal.

Serra: Sobre o governador paulista e pré-candidato do partido à Presidência, Guerra disse: “Temos um fortíssimo candidato, que não está à frente nas pesquisas por mera sorte. Serra é um político inteligente, preparado, que sabe governar e já mostrou isso. Tem história e compromisso com o país”.
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domingo, 10 de janeiro de 2010

AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ !

Do blog Jornália do Ed
BORIS CASOY, RUBENS RICUPERO E AS VOLTAS QUE O MUNDO DÁ
No dia 31 de dezembro de 2009, o Jornal da Band, no seu encerramento, mostrou um grupo de garis desejando feliz ano novo para o povo brasileiro. Sem saber que o áudio ainda estava aberto, o âncora Boris Casoy fez o seguinte comentário: “Que merda, dois lixeiros desejando felicidades do alto de suas vassouras. Dois lixeiros, o mais baixo da escala do trabalho”. Essa infeliz declaração, carregada de preconceito, circulou pelos principais sites e redes sociais da internet.
A repercussão foi tanta, que o jornalista viu-se obrigado a pedir desculpas no ar. Mas o seu “pedido de desculpas” foi motivo para mais críticas. Quando todos esperavam por uma retratação pública, Boris Casoy veio com essa: “Ontem, durante o programa, eu disse uma frase infeliz que ofendeu os garis. Eu peço profundas desculpas aos garis e a todos os telespectadores”. Mais uma vez a repercussão foi negativa, mas, o jornalista manteve-se firme e, em entrevista à Folha de São Paulo, lamentou apenas o fato do áudio ter vazado, não a infeliz declaração.
O episódio protagonizado por Boris Casoy, foi muito parecido com o caso conhecido como “Escândalo da Parabólica”, em que o áudio e as imagens de uma conversa informal entre o Ministro Rubens Ricupero e o jornalista Carlos Monforte (cunhado do Ricupero) foram captados por antenas parabólicas e vazaram. Um militante do PT gravou em Brasília e distribuiu para as tevês. Na conversa, o Ministro revelou várias manobras do governo Itamar Franco para manipular a opinião pública e beneficiar a candidatura de Fernando Henrique Cardoso. Desse episódio, ficou marcada uma frase dele: "Eu não tenho escrúpulos: o que é bom a gente fatura, o que é ruim a gente esconde".
O interessante é que na cobertura do “Escândalo da Parabólica” o então âncora do TJ Brasil (SBT), Boris Casoy, ironizou o fato: “Satanás está à solta nas tevês brasileiras”. Uma década e meia depois, o jornalista incorreria no mesmo erro. Os desafetos de Boris Casoy, que sempre acentuaram a sua inclinação nitidamente direitista, aproveitaram para relembrar antigas acusações feitas a ele. Segundo o escritor Altamiro Borges (A Ditadura da Mídia - Editora Anita Garibaldi), em 1968 a Revista “O Cruzeiro” acusou Boris Casoy (na época estudante do curso de jornalismo da Mackenzie) de ser militante do “CCC”, o Comando de Caça aos Comunistas. Boris Casoy também carrega a mácula de ter sido secretário de imprensa no governo biônico de Abreu Sodré (SP) e assessor de imprensa do Ministério da Agricultura no governo Médici, uma das fases mais negras da ditadura militar do Brasil.
Depois do episódio dos garis, o conhecido bordão do Boris Casoy ecoou pelos quatro cantos (virtuais) da rede: “Isso é uma vergonha!”. As voltas que o mundo dá!
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quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

PÃO E CIRCO

Começa nesta quinta-feira (7), “Férias no Ceará”, o pão e circo promovido pelo Governo do Estado. Dezesseis municípios receberão bandas e cantores nacionais e regionais.

A conta é paga pelo contribuinte e chega para os mesmo em forma de pílula cultural; desta forma é mais fácil de ingerir o pão mal amassado pelo governo neosocialista do Ceará.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2010

MORRE ERASMO DIAS

O ex-secretário de Segurança Pública de São Paulo Erasmo Dias morreu, aos 85 anos, na noite desta segunda-feira (4), de acordo com o Hospital do Câncer A.C. Camargo. Ele estava internado desde o dia 2 de janeiro em decorrência de um câncer no estômago.

Um episódio que tornou Erasmo Dias conhecido foi a invasão a Pontífice Universidade Católica (PUC) de São Paulo, em setembro de 1977, durante um confronto dos estudantes com as forças do regime militar (1964-1985). Na ocasião, estudantes faziam um ato público pela reorganização da UNE (União Nacional dos Estudantes).

O coronel Erasmo Dias foi um dos fundadores do ARENA (Aliança Renovadora Nacional), partido que deu sustentação ao regime militar (1964 -1985). Dias também ocupou os cargos de deputado estadual, federal e vereador pelo Partido Progressista (PP). Mesmo ocupando esses cargos de deputado e vereador, Erasmo Dias dizia ser injustiçado pelo episódio com os estudantes na PUC e pedia indenização do governo.

O corpo do coronel reformado do exército está sendo velado na Assembleia Legislativa até meio-dia e depois será levado para o cemitério de Paquetá, em Santos, onde será sepultado a partir das 14h desta terça-feira (5).
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sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

LULA, O FILHO DO BRASIL

A estreia do filme Lula, o filho do Brasil, do diretor Fábio Barreto em 350 salas de cinema de todo o país promete ser um dos recordistas de bilheteria. É um filme emocionante, mas não empolga. O filme foca a infância e a adolescência do presidente Lula, a determinação da mulher nordestina, na figura de sua mãe dona Lindú e finaliza no início da década de 80, quando ele é preso no DOPS em São Paulo.
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