quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

BLOGUEIRO, PROFISSÃO PERIGO

A liberdade de expressão tem sido ameaçada constantemente em Mossoró (RN), principalmente para quem faz críticas a oligarquia Rosado que está no poder há 63 anos, desde 1948. A última vítima dessa afronta à imprensa é o blogueiro Carlos Santos, 47 anos de idade e 26 anos de atuação profissional como jornalista.

Carlos Santos tem um dos blogs mais acessados da cidade que tem mais de 250 mil habitantes – segundo dados do último Censo do IBGE – em seu blog as críticas à administração da prefeita Fátima Rosado (DEM) são constantes e o tom ácido nas postagens marca o estilo do blogueiro que às vezes pega pesado com a prefeita.

Numa tentativa de calar a única voz que se opõe ao governo Fátima Rosado e seu marido, o médico e deputado estadual Leonardo Nogueira (DEM), interpelaram Carlos Santos nove vezes e 27 ações judiciais (cíveis e criminais). Uma foi arquivada, as outras 26 estão em andamento.

A juíza Welma Maria Ferreira de Menezes, do Juizado Especial Criminal de Mossoró, entendeu que algumas afirmações feitas no blog de Carlos Santos eram ofensivas e condenou em três processos diferentes, mas com punições iguais: um mês e dez dias de detenção, em cada uma das ações penais, com permissão para cumprir a pena fazendo doações.

Esse caso em Mossoró não é o único, e a cada dia que passa a liberdade de informação, direito assegurado Constitucionalmente tem sido encurralado por grupos políticos que acham brechas na lei para intimidar jornalista e blogueiros. Ser jornalista e blogueiro tem se tornado uma profissão perigo.

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Um comentário:

  1. Olá parceiro, belo texto!!!

    infelizmente estamos a mercê de grupinhos e panelinhas ferrenhas em várias cidades e estados do país. Se as autoridades, as mesmas que criam e votam nas leis sempre criando brechas que se amarram em prol de um bem nao comum, mas individual. Por que eles continuam a exercer suas atividades, ante a constituição brasileira, surrupiando o que o povo tanto lutou para conseguir desde meados na escravidão? Serão eles ou somos nós os carracos que votam na própria sentença?

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