quarta-feira, 31 de agosto de 2011

UM PREFEITO GROTESCO

Por Ricardo Soares, do blog Todo Prosa

Redundância falar o quão grotesco é esse atual prefeito de São Paulo, o Gilberto Kassab.Repetir isso é apenas se dar ao desfrute de poder dizer o que se pensa desse sujeito visto que aqui é meu território livre e não sou cerceado como seria o caso se estivesse a escrever para um portal ou trabalhando nesse momento pra grande mídia.

Portanto viva a liberdade de poder dizer que Kassab é grotesco ! Isso posto encerro o mês perguntando aos amáveis e fiéis leitores desse blog se podemos ou não julgar uma cidade inteira pelo prefeito que ela elege. A questão causou uma "polemiquinha" hoje no Facebook quando eu disse que "ouvindo falar Kassab na Jovem Pan me pergunto como ainda é possível amar uma cidade que elege essa porcaria como prefeito".

Bem, as opiniões se dividiram. Muitos acham que sim, os paulistanos tem o que merecem. Outros crêem que não devemos deixar de amar a cidade por conta de um traste como Kassab. Pelo sim,pelo não, apenas deixo aqui a triste impressão de que é um desalento percorrer as áridas ruas dessa metrópole cheia de problemas quando sabemos que está a mercê de um político de tão baixo quilate e suprema ignorância como Kassab.

Até por sua história e importância São Paulo merecia um prefeito melhor do que esse aprendiz de Mussolini. E não há exagero quando digo isso. É só ler as recentes declarações dele contra qualquer espécie de paralisação de servidores municipais e olhar o seu passado para nos certificarmos que Kassab tem mais de Mussolini do que podemos imaginar.

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terça-feira, 30 de agosto de 2011

NÃO EXISTE PECADO DO LADO...

Por 265 votos pela absolvição, 166 pela cassação e 20 abstenções, a Câmara dos Deputados em votação secreta arquivou nesta terça-feira (30) o pedido de cassação do mandato da deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF). Ela foi flagrada em vídeo, de 2006, recebendo dinheiro de Durval Barbosa, delator do esquema que ficou conhecido como o mensalão do DEM.

A defesa da deputada alegou que ela não ocupava cargo público quando embolsou aquele dinheiro sujo. Jaqueline que não tinha usado a tribuna, após ser absolvida, resolveu subir e fez um breve. Sob vaias de manifestantes que estavam nas galerias da Câmara, ela deixou a tribuna.

No olhar da ética parlamentar, Jaqueline Roriz recebendo dinheiro de corrupção não fez nada de errado e enche de esperança outros parlamentares que têm processos e estão prestes a serem julgados. A benevolência continua a reinar no Congresso. E pecado não existe do lado debaixo do Equador.

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sábado, 27 de agosto de 2011

O PODEROSO CHEFÃO

Cassado sob a acusação de ser o gerente do mensalão, o ex-deputado e ex-ministro chefe da Casa Civil do governo Lula, José Dirceu mostra que, mesmo nos bastidores, continua dando às cartas no jogo político brasileiro.

Reportagem-bomba da revista Veja que chegou às bancas na madrugada deste sábado (27) e que vai pautar a grande imprensa, promete abalar as estruturas do Palácio do Planalto.

A reportagem revela que José Dirceu, um dos poderosos do PT, mantém um “‘gabinete” em um hotel de Brasília, de lá, o poderoso chefão, ao lado de figurões da República, despacha e conspira contra o governo de sua companheira Dilma. É algo colossal! Leia na íntegra a reportagem.

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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

PRÊMIO CONGRESSO EM FOCO 2011

O site Congresso em Foco que faz cobertura jornalística do Congresso Nacional, criou o Prêmio Congresso em Foco com intenção de dar mais visibilidade ao trabalho de deputados e senadores que se destacaram positivamente na ótica dos jornalistas e dos leitores do site. Neste ano, o prêmio chaga a sua 6ª edição e a entrega acontecerá no dia 7 de novembro, em Brasília.
O prêmio tem duas etapas de votação: na primeira, os jornalistas que cobrem o Congresso Nacional escolhem os 25 deputados federais e dez senadores que, no seu entender, melhor representaram a população no Parlamento neste ano.
Também fazem a pré-seleção dos parlamentares que mais se destacaram nas seguintes áreas: defesa da democracia, combate à corrupção, defesa da educação, promoção da saúde, defesa do meio ambiente. Na segunda etapa, considerada a decisiva, a votação é feita através da internet por leitores do site.
Nesta sexta edição do Prêmio, novas categorias especiais foram adicionadas:. São elas: Parlamentar de futuro, Defesa da democracia e da cidadania, Defesa do consumidor, Defesa dos municípios e Defesa da segurança jurídica e da qualidade de vida.
Clique aqui e vote no parlamentar que mais se destacou, em seu ponto de vista.
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011

50 ANOS DA RENÚNCIA DE JÂNIO QUADROS


Em 25 de agosto de 1961, os brasileiros acordaram atônitos com a notícia de renúncia do presidente da República, Jânio Quadros, que tinha tomado posse apenas sete meses.
Com a renúncia do “homem da vassourinha” o Brasil viu ir por água a baixo a democracia que dava sinais de vida e entrar na sombria ditadura militar que vigorou por 20 anos.
No site da revista Veja confira um especial sobre a trajetória do imprevisível Jânio Quadros e os 50 anos de sua renúncia. Clique aqui.
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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A GRANDE MESADA

O ministro das Cidades, Mário Negromonte (PP-BA), poderá ser o próximo da lista de ministros que foram sucumbidos em escândalos nos últimos quatro meses. Segundo reportagem da revista Veja desta semana, ele ofereceu mesada de R$ 300 mil para parlamentares de seu partido para apoiá-lo e assim, o ministro assumiria novamente o comando da legenda. Confira na íntegra a reportagem.

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terça-feira, 23 de agosto de 2011

O QUE SEI DE LULA

Resistiu a participar do sindicato, foi contra a aliança de trabalhadores com estudantes, menosprezou o apoio da Igreja Católica, resistiu à campanha Diretas-Já, vetou a colaboração do PT com o governo Itamar Franco, boicotou a Constituinte de 1988, criticou o Plano Real e considerou "herança maldita" os avanços sociais de Fernando Henrique Cardoso, seu predecessor. Quem construiu esse perfil, antes de chegar à Presidência da República e deixar o poder, ao fim de oito anos de mandato, com mais de 80% de aprovação popular, só pode ser considerado um conservador e é essa a avaliação do jornalista José Nêumanne Pinto no livro O que sei de Lula, no qual chega a uma conclusão, no mínimo, surpreendente: "Lula nunca foi de esquerda".
Repórter, editor de política , escritor e, atualmente, articulista de O Estado de S. Paulo, com mais de 40 anos de profissão, Nêumanne conta, com conhecimento de causa e informações privilegiadas, a história de Luiz Inácio Lula da Silva - a ascensão admirável do menino retirante que fugiu do sertão pernambucano, do operário metalúrgico do ABC paulista, do militante sindical que ajudou a derrubar a ditadura militar e do três vezes candidato a presidente e depois titular do Palácio do Planalto. Paraibano de Uiraúna, cidade natal também da deputada Luíza Erundina, ele sabe o que custou a trajetória daquele que é, em sua opinião, o maior político brasileiro de todos os tempos.
"Meu objetivo, ao escrever esse livro, foi descobrir o homem atrás do mito", revela Nêumanne, um pesquisador incansável que consultou biografias, conferiu entrevistas, ouviu testemunhas e revirou lembranças de seus tempos de repórter, para contar os bastidores da carreira de Lula, um personagem fascinante que ele pretende ter analisado com isenção e justiça, apesar da opinião contrária daqueles que não deverão perdoá-lo por estar contando o que sabe. "Os áulicos de Lula certamente encontrarão na revelação desses incidentes motivos para execrar esse livro, da mesma forma que já condenam o autor, mas não mudarão o fato inexorável de que, como ele mesmo narrou, delatou camaradas menos aptos para levar vantagem pessoal pecuniária no princípio de sua vida profissional", prevê Nêumanne.
Há revelações inéditas, fatos inconfessáveis, conclusões incômodas. "Descobri que Lula, filho de um canalha e uma santa, um sujeito de sorte cavalar, consegue construir em cima dos equívocos, não dos acertos", afirma Nêumanne, ao explicar que, apesar de falhas e defeitos, seu protagonista se tornou um "fenômeno fantástico de popularidade porque as pessoas se identificam com ele". O jornalista lembra que Lula recebeu Leonel Brizola com hostilidade quando o político gaúcho voltou do exílio e que nunca negou sua admiração pelo governo do general Ernesto Geisel. Quem organizou a greve dos metalúrgicos do ABC, acrescenta Nêumanne, foi Frei Betto e não Lula - uma afirmação que o frade dominicano considera exagerada.
Amigos e companheiros de luta do operário-presidente poderão discordar, mas será difícil rebater o autor. "Poucas pessoas armazenaram tanta informação sobre a política brasileira", observa na Apresentação do livro o professor Leôncio Martins Rodrigues, lembrando que "mais do que simples repórter, descobridor e narrador de fatos, Nêumanne é um analista capaz de aprofundar e conectar os eventos particulares a situações mais gerais, às teorias e interpretações sobre o Brasil". Os fatos narrados, acrescenta o cientista político, são fatos que Nêumanne viveu. O autor conhece os personagens e, em alguns casos, esteve presente na cena dos acontecimentos que narra.
Paralelamente à biografia de Lula, em parte baseada em obras de outros biógrafos, como Denise Paraná e Audálio Dantas, além de entrevistas do próprio biografado, Nêumanne rememora o cenário da política e a atuação de políticos brasileiros no contexto das últimas décadas, da ditadura de Getúlio Vargas aos primeiros meses de governo de Dilma Rousseff. A construção de Brasília, o golpe de 1964, o quadro econômico e as denúncias de corrupção ocupam páginas de análise lúcida e competente. Os assassinatos de petistas ligados a Lula, como Celso Daniel no ABC e Toninho (Antônio da Costa Santos) em Campinas, são tratados com apurada técnica de reportagem. Outro destaque é o perfil que o autor traça de personagens como José Alencar, Duda Mendonça e José Dirceu.
Nêumanne dá a Lula o título de "perdoador-geral" dos escândalos que estouraram em sua administração e chama o assessor especial Marco Aurélio Garcia de "bajulador-geral" da República. "Quem conhece Lula - como eu conheço - sabe muito bem que ele não mudou tanto assim desde que emergiu no país como líder dos sindicalistas do ABC paulista até seus dias de apogeu no poder republicano", afirma o jornalista, ao criticar a política externa adotada pelo ex-presidente com relação a Cuba e ao Irã, com assessoria de Garcia e do ex-chanceler Celso Amorim. Embora considere seu texto imparcial, Nêumanne não resiste à ironia, ao lembrar a formação de poucos estudos de Lula. "Noço guia universal", escreve o jornalista, referindo-se ao ex-presidente.
Dilma Rousseff, na qual Lula apostou seu futuro, abrindo mão de uma eventual e provável reeleição, é a personagem central no Epílogo. Um atraso na publicação do livro, que deveria ter sido lançado em dezembro - após a eleição de Dilma, mas antes de Lula descer a rampa do Planalto - acabou dando melhor fecho à história. O que parecia mais especulação ganhou consistência, ao se completarem seis meses de governo. Ao registrar mudanças de rumos, ou pelo menos de estilo, na administração federal, Nêumanne transcreve os elogios que Dilma fez a Fernando Henrique na comemoração dos 80 anos do ex-presidente, a quem definiu como "acadêmico inovador" e "político habilidoso", sem mais referência à "herança maldita" da qual Lula falava na campanha eleitoral.
José Maria Mayrink - O Estado de S.Paulo
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domingo, 21 de agosto de 2011

CASAL AÉREO

Está virando rotina, a cada dia aparece na imprensa nomes de parlamentares ou ministros do governo Dilma que usaram jatinhos ou helicópteros, seja de amigos empresários, empreiteiros ou da polícia militar. Exemplo mais recente, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que utilizou o helicóptero da polícia militar do Maranhão para se deslocar até sua ilha particular.
Nesta semana, a revista Época traz uma reportagem na qual, o casal (foto) de ministros Paulo Bernardos (Comunicação) e Gleisi Hoffmann (Casa Civil) teria usado várias vezes um jatinho da empreiteira Sanches Tripoloni, doadora de R$ 510 mil para a campanha da ministra Gleisi Hoffmann ao Senado, em 2010. Leia mais.
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sábado, 20 de agosto de 2011

INSENSATO SLOGAN

A prisão de um banqueiro corrupto e as agressões a homossexuais na novela Insensato Coração, de Gilberto Braga e Ricardo Linhares fizeram parte do script da dupla de novelistas. Mas além dessas referências a situações da vida real da política brasileira, os autores, no último capítulo apropriaram-se do slogan mais comentado e polêmico da campanha eleitoral de 2010: “você sabe o que faz um deputado?”, utilizado pelo palhaço Tiririca (PR-SP).

A personagem Natalie Lamour (Débora Secco), modelo, ex-participante de um reality show e ex-mulher do banqueiro corrupto, foi convidada para candidatar-se a deputada federal pela legenda fictícia Partido da Moralidade Pública. Ao ouvir o convite, o irmão da modelo, Douglas (Ricardo Tozzi) perguntou: “O que faz um deputado mesmo?”. A resposta de Natalie foi uma reprodução fiel da famosa frase de Tiririca: “Eu não sei, mas vota em mim que eu te conto”.

Os autores deram o recado do que há por trás de um convite feito para uma celebridade, aparentemente despretensioso. A mãe da personagem questionou sobre a seriedade do partido, o jornalista Kléber Damasceno (Cássio Gabus Mendes) explicou o que leva pessoas famosas a serem indicadas como candidatas.

“Esses partidos querem se aproveitar da fama dela, quanto mais voto ela receber, mais deputados eles elegem. E também ganham mais espaço na propaganda eleitoral, se aliam a algum candidato a presidente e depois conseguem cargos no governo”. Para completar a referência ao palhaço-deputado, na trama, a candidatura de Natalie Lamour foi a deputada mais votada do país.

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

BLOQUEADO

Por decisão do juiz Augusto Cezar de Luna Cordeiro Silva da 1ª Comarca da Cidade de Várzea Alegre, no Ceará, a Google Brasil Internet  teve R$ 225 mil bloqueados em suas contas. O processo partiu do prefeito  de Várzea Alegre, José Helder Máximo de Carvalho.
Três blogs com textos anônimos acusam José Helder de corrupção e desvio de verbas. Segundo o prefeito, sua imagem foi denegrida por meios desses textos anônimos. Ele acionou a justiça para que o Google fornecesse os nomes dos responsáveis pelos sites e tirasse as páginas do ar, o que não aconteceu.
Por descumprir  outras medidas judiciais adotadas em fevereiro deste ano, por outro juiz da Comarca, a empresa também foi condenada a pagar multa no valor de R$ 5 mil. A decisão ainda cabe recurso.
Por telefone, o blog Sou Chocolate e Não Desisto manteve contato com o prefeito José Helder.
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ZÉ INÁCIO, PARABÉNS!!!

Hoje tem bolo de chocolate, é aniversário do ex-vereador de Sobral (CE), Zé Inácio.

O jovem político da família Prado desenvolveu um excelente trabalho e recebeu respaldo de todos os sobralenses e da Câmara Municipal de Sobral.

Muita saúde, paz, felicidade e sucesso. Zé Inácio, Parabéns!!!
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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

QUAL É O JINGLE?

Não importa se a campanha foi há 50 anos, há dez anos ou do ano passado, quando o jingle eleitoral é bem feito e cai no gosto popular, ele não sai da memória. Teste seus conhecimentos em 20 jingles eleitorais. Clique aqui.
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O 4º MINISTRO QUE VAI À LONA

O ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB-SP) pediu demissão nesta quarta-feira (17). Ele não resistiu às denúncias de corrupção em sua pasta divulgadas pela imprensa nas últimas três semanas.

Em oito meses de governo Dilma, Rossi é o quarto ministro que vai à lona. No cargo apenas há 1 ano e meio, Rossi permaneceu no primeiro escalão do governo de Dilma a pedido de Lula.

A longa amizade com o vice-presidente da República, Michel Temer, do PMDB de São Paulo – há mais de cinquenta anos – não foi o suficiente para mantê-lo no comando do Ministério da Agricultura.

Na carta de demissão enviada no fim da desta tarde à presidente Dilma e distribuída à imprensa, agora ex-ministro, de forma enigmática disse: “Sei de onde partiu a campanha contra mim”.

O vice-presidente Michel Temer já indicou outro peemedebista para substituir Wagner Rossi, é o deputado federal Mendes Ribeiro, do PMDB gaúcho. O nome de Ribeiro será anunciado hoje (quinta-feira) pela presidente Dilma.
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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

CAMPEÕES DE GASTOS

Levantamento feito pelo portal UOL com dados fornecidos pelo site da Câmara dos Deputados até 1º de julho mostra como os deputados gastaram suas cotas parlamentares.
Os campeões de gastos são Cleber Verde (PRB-MA),  R$ 166.781,22, Pinto Itamaraty (PSDB-MA) R$ 155.705,27 e em terceiro lugar Evandro Milhomen (PCdoB-AP) R$  152.200,27.

O Partido da República (PR) foi o que teve maior gasto médio por deputado, R$ 91.529,79, entre os 10 maiores partidos na Câmara.
Com a manutenção de escritório, o deputado cearense Artur Bruno (PT) gastou 46.650,74. Outros parlamentares cearenses também utilizaram as cotas.
Com a verba para combustíveis, Arnon Bezerra (PTB-CE) e Aníbal Gomes (PMDB-CE) ocuparam o primeiro e segundo lugar. O petebista gastou R$ 22.500,00 e o peemedebista R$ 22.499,76.
Em consultoria, o socialista Antonio Balhmann (PSB-CE) gastou de janeiro até julho, a bagatela de 71.500,00.
Entre os parlamentares cearenses, Raimundo Gomes de Matos (PSDB) foi o que gastou mais até agora, R$ 134.155,06. Na lista dos deputados gastões, está outro cearense, José Linhares (PP), o Padre Zé, que foi reembolsado no valor de 101.138,93.
Confira quem são os deputados gastões e como gastaram cada centavo da cota parlamentar. Clique aqui e veja se o deputado que você votou está na lista.
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terça-feira, 16 de agosto de 2011

O INTENTO DA GRANDE MÍDIA

A Operação Voucher da Polícia Federal prendeu mais de trinta pessoas suspeitas de desviarem verbas do Ministério do Turismo. Entre os presos pela PF, estava Mário Moysés, ex-presidente da Embratur e ex-funcionário do Ministério do Turismo na gestão de Marta Suplicy (PT-SP).
As prisões se fazem oportunas para averiguações, mas o que é lamentável é a tentativa da grande mídia em associar a prisão de Mário Moysés à imagem da senadora Marta Suplicy. Está claro e evidente que a disputa para a prefeitura da capital paulista já começou e o início é de um jogo sujo, muito sujo.
Este intento da imprensa – por exemplo, uma matéria da revista Veja desta semana – tem cheiro de caciques dos partidos adversários paulista ou até do próprio partido da senadora.  Desgastá-la até a escolha oficial do candidato a prefeito de São Paulo, em março do próximo ano, com certeza será o assunto pautado nas grandes redações.
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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

DOCE LAR

O portal UOL fez um levantamento e mostra com fotos e dados como moram alguns políticos brasileiros. Clique aqui e confira quem está na lista.

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sábado, 13 de agosto de 2011

JINGLES ELEITORAIS HISTÓRICOS

Fazer campanha eleitoral hoje com as redes sociais fervilhando é fácil demais. Quando não existiam esses meios, a solução para tornar um candidato conhecido, no ditado popular, cair na boca do povo, era o jingle eleitoral. Esse recurso tão importante, tem sobrevivido e se fortalecido na era tecnológica.

Quando o jingle é bem feito e cai no gosto popular, sobrevive décadas. Para quem tem mais de 40 anos, com certeza vai lembrar de Varre,Varre, Vassourinha da célebre campanha para presidente de Jânio Quadros.

Nos anos 80, outro jingle presidencial entrou nos ouvidos dos brasileiros, o Ey, Ey, Eymael fez do desconhecido José Maria Eymael se tornar famoso no país inteiro. Ano passado, ele disputou sua terceira campanha para presidente e o Ey, Ey, Eymael, com nova roupagem, continua sendo sua marca registrada.

Em 1994, o candidato a presidente da República, Fernando Henrique Cardoso viu o seu Levanta a mão! cair na simpatia do povo brasileiro, embalado na voz do compositor e cantor Dominguinhos.

Para a primeira campanha presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, um trio de artistas formado por Gilberto Gil, Djavan e Chico Buarque gravou o Lula-lá, o jingle se tornou um símbolo do petista. Em 2006, para a reeleição à Presidência da República, os marqueteiros do presidente Lula surpreenderam a todos com o Deixa o homem trabalhar, que virou sucesso nacional.

História das campanhas eleitorais de 1930 até a de Dilma Rousseff, como nasce um jingle eleitoral e quem são seus compositores está nas 247 páginas do livro Jingles eleitorais e marketing político – uma dupla do barulho, do mestre em Comunicação, Carlos Manhanelli. Ele coleciona há mais de 37 anos essas pérolas da política e do marketing eleitoral brasileiro.

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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

RESULTADO DA ENQUETE...


A enquete realizada pelo Sou Chocolate e Não Desisto nesta semana – sobre os recentes escândalos do governo Dilma – quis saber de seus leitores Até o fim do ano, qual Ministério trocará de titular?
A maioria votou na Secretaria Especiais de Portos, do desconhecido secretário Leônidas Cristino. Secretaria que tem status de Ministério no governo Dilma.
Confira os Ministérios e seus titulares que receberam votos. Os Ministérios que não receberam votos não tiveram seus nomes postados na lista abaixo.
Saúde (Alexandre Padilha) 3,33%
Cultura (Ana de Hollanda) 3,33%
Esporte (Orlando Silva) 3,33%
Educação (Fernando Haddad) 6,67%
Agricultura (Wagner Rossi) 13,33%
Previdência Social (Garibaldi Alves) 3,33%
Secretária Especiais de Portos (Leônidas Cristino) 60,00%
Pesca (Luiz Sérgio) 3,33%
Turismo (Pedro Novais) 3,33%
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EM BUSCA DAS PROVAS ROBUSTAS

Por Fernando Gabeira no jornal O Estado de S. Paulo

A presidente Dilma Rousseff, para variar, ficou irritada. O vice Michel Temer perguntou onde estavam as provas robustas.

As duas figuras que aparecem como noivo e noiva no bolo de aniversário da coligação PMDB- PT estão unidas na censura à Policia Federal.

Acontece que a tanto a Policia Federal como a Procuradoria estão apresentando muitos dados, gravações telefônicas e, agora, depoimentos dos presos.

Apareceu até uma testemunha chamada Errolflyn de Souza Paixão. Os mais jovens podem ir ao Google e encontram lá o nome do ator norte-americano que inspirou os pais do Errolflyn brasileiro.

Num texto literário, esse nome seria um achado. Mas os estudiosos dos escândalos brasileiros sabem que, assim como fumaça e fogo, nomes estranhos e escândalos andam juntos no Brasil. Ele afirma que a deputada Fátima Pelaes sabia do esquema e ficou com parte do dinheiro da emenda de R$ 4 milhões.

O ideal seria que o governo ficasse calado até que o processo se desenrolasse. Ao se precipitar nas criticas à operação da PF, tentou mostrar para a base aliada que vai protegê-la.

Mas os fatos estão aí. O trabalho da PF está fundamentado neles. Dificilmente, as investigações, sobre esse e outros casos, será paralisada.

É o dilema que tenho enfatizado. Não dá para evitar que a roubalheira venha à luz. Mas não dá também conter a base aliada que quer verbas das emendas parlamentares e suavidade na PF.

Se a greve dos aliados acabar com a liberação das verbas, aí então é que o trabalho da PF se fará mais necessário porque é das verbas que nascem as tramóias.

Só uma coisa preocupa. A PF tem enfatizado sua luta salarial. Isso significa que, com aumentos de salários, ela será mais complacente?.

Os tempos de vacas gordas permitiram a implantação de um poderoso esquema no Brasil. Seu objetivo não foi somente trocar o governo, mas também democratizar as benesses do poder, incluindo um amplo espectro de partidos, sindicatos, entidades de classe e ONGs.

É a tática da Arca de Noé que funciona bem no pais mas ameaça afundar nas crises. Quando menino, ouvia muito esta frase: ou todos se locupletam ou restaure-se a moralidade.

Em tempos da vagas gordas, chegou-se perto da estabilidade ideal do modelo. Quase todos que têm voz e organização foram cooptados. A própria PF, em alguns casos que envolviam o governo, pipocou.

Não é só a crise econômica que ameaça a estabilidade do modelo. Ele também é ameaçado pela ganância e sensação de impunidade.

No imenso laranjal em que transformaram o Brasil, Erroflyns da Paixão, Capitães Marvel da Silveira, Clarkgable dos Santos vão aparecer muitas vezes. Isto para ficar apenas na inspiração do cinema americano. Há todo um arsenal nativo à disposição dos plantadores.

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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

FÁBRICA DE LOUCOS

O que faz um deputado? Esse era o mote da campanha do deputado federal, o palhaço Tiririca (PR-SP), eleito com 1,350 milhão de votos. Após oito meses na Câmara, ele já sabe o que faz um deputado ou pelo menos tenta responder. Declarações à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, ele diz que deputado “é uma pessoa que trabalha muito e produz pouco”.

Tiririca falou também sobre as reuniões intermináveis que varam madrugadas e que muitas vezes não se chega a um consenso: “um deputado fala e nenhum presta atenção nele”. E definiu a Câmara como “uma fábrica de loucos”.

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quarta-feira, 10 de agosto de 2011

VOAR, VOAR, SUBIR, SUBIR...

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), atacou a Promotoria e disse que continuará fretando aviões para suas viagens. Ele alegou “dupla agenda” e disse que não poderia estar sujeito à disponibilidade de horários e eventuais atrasos nos voos comerciais.

Lacerda disse ainda não reconhecer a autoridade do MP no caso para emitir “esse tipo de julgamento”. Ele se diz confiante na Justiça: “Eu tenho certeza que a Justiça vai acolher a nossa tese. Essa é uma ação equivocada, errônea, partindo de premissas incorretas e infundadas".

João Medeiros, autor da ação, rebateu as afirmações do prefeito: "Não é ele que tem de reconhecer a autoridade do MP. O prefeito deveria ler a Constituição, mais precisamente o artigo 127, para saber melhor quais as nossas atribuições".

Segundo o promotor, o administrador público deveria sempre optar gastar o menos possível e que, essa agilidade e eficiência argumentada pelo chefe do executivo de BH ele entende que seja comodidade e conforto com o dinheiro público.

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

O PREFEITO PERDULÁRIO

O prefeito de Belo Horizonte (MG), Márcio Lacerda, do PSB, poderá ter os bens bloqueados pelo Ministério Público Estadual. Uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa foi ajuizada segunda-feira (8). O MPE pede que o prefeito Lacerda devolva aos cofres públicos R$ 875,9 mil, que teria usando em fretamento de aeronaves, causando prejuízo ao erário.

Segundo os relatos do Ministério Público, os deslocamentos de Márcio Lacerda ocorreram entre fevereiro de 2009 e 20 julho de 2011, totalizando 39 viagens para fora de seu estado. Só para Brasília, ele viajou 33 vezes. Cálculo realizado pelos promotores, o custo atualizado de cada viagem, em média, é de R$ 25 mil. Se tivesse optado por voos comerciais, o gasto total ficaria entre R$ 31 mil e R$ 53 mil. Leia mais.

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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

ARAPONGAGEM TUCANA

Os métodos antigos de espionagem usados pelo regime militar brasileiro durante a ditadura vigorou até início da década de 90, segundo reportagem do portal IG que teve acesso a documentos confidenciais disponibilizados recentemente pelo Arquivo Público do Estado de São Paulo.

Reportagem de Pedro Marcondes de Moura da revista ISTO É desta semana, mostra que o número de documentos passa de 50 mil e que a arapongagem se estendeu até 1998 e que tinha como alvo sindicalistas, movimentos sociais e políticos do Partido dos Trabalhadores.

Segundo a reportagem, a espionagem aconteceu no primeiro e metade do segundo governo do então governador Mário Covas, que tinha como vice-governador, Geraldo Alckmin. À serviço do governo, agentes da polícia paulista se infiltravam nos movimentos sociais, de esquerdas para a elaboração de dossiês.

Nos dossiês tucano, os passos dos petistas Marta Suplicy – então candidata ao governo de São Paulo em 98 e que ficou em terceiro lugar – senador Eduardo Suplicy, da ex-prefeita de São Paulo, Luiza Erundina e do então candidato à presidência, Luiz Inácio Lula da Silva eram monitorados.

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domingo, 7 de agosto de 2011

NO TOP30 DA SEMANA...

Caros amigos, leitores e parceiros tenho grande orgulho de informar que o SOU CHOCOLATE E NÃO DESISTO pela 4ª semana consecutiva está entre os 30 Blogs de Política mais votados da semana no Prêmio TopBlog. Agradeço a todos que votaram. Ainda não votou? Corre lá!

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sábado, 6 de agosto de 2011

O FACILITADOR DE NEGÓCIOS

Os escândalos do governo Dilma não cessam. Praticamente a cada semana, vem à tona desvios de conduta por parte de gente do primeiro escalão do governo ou agregados. Em reportagem desta semana da revista Veja, outro escândalo envolvendo integrante do Ministério da Agricultura.

Segundo a reportagem, Júlio Fróes, lobista que tinha trânsito livre dentro do ministério da Agricultura, usando até uma sala próxima à do ministro Wagner Rossi, de onde despacha e segundo informações de funcionários que não quiseram se identificar, a atuação tinha o aval do gestor da pasta.

Após a reportagem da revista, o secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Milton Ortolan, braço-direito do ministro Rossi, que tem seu nome citado no escândalo, pediu demissão do cargo.

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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

HERANÇA MALDITA

Por Rogério da Silveira especial para o blog

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da silva e uma gama de petistas verbalizaram tanto sobre uma tal de “herança maldita” deixada pelo seu antecessor; algumas centenas de brasileiros acreditaram no malfadado espólio. As tempestades recentes na Esplanada dos Ministérios demonstram que foi ele quem deixou a maldita.

Os sucessivos escândalos do governo Dilma, em menos de um ano confirmam as especulações de que o ex-presidente acobertava em seu governo todas as bombas-relógio de seus ministérios, dando um time para explodir.

Em 3 anos e meio restantes, a presidente Dilma refaça, se necessário, toda sua base governamental, afim de evitar futuras bombas. Se Bin Laden estivesse vivo, seria um grande candidato a ministro da Defesa, ninguém melhor do que ele para fazer e desarmar bombas.

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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

DEMITIDO

O ministro da Defesa Civil, Nelson Jobim que serviu a três governos consecutivos – FHC, Lula e Dilma – entregou sua carta de demissão a presidente Dilma Rousseff. Conhecido como ministro falastrão, ele acumulou frases polêmicas nesse período que ocupou a pasta. Mas a situação de Jobim se agravou nos últimos meses com declarações que desagradaram o Palácio do Planalto.

Em junho, no aniversário de 80 anos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Nelson Jobim disse: “Nelson Rodrigues dizia que, no seu tempo, os idiotas chegavam devagar e ficavam quietos. O que se percebe hoje, Fernando, é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento".

E as frases do ex-ministro causando mal-estar entre os membros do governo não pararam: em recente entrevista afirmou que na eleição presidencial de 2010 não votou em Dilma Rousseff, mas em seu amigo tucano, o ex-governador de São Paulo José Serra.

Mas o estopim para a demissão do chefe da Defesa Civil foi as declarações a revista Piauí que chega às bancas nesta sexta-feira (5). Ele disse que a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti é fraquinha e que, a ministra chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann nem sequer conhece Brasília.

Ele estava em Manaus e num telefonema da presidente Dilma, Jobim voltou para Brasília e num curto espaço de tempo, aproximadamente seis minutos em reunião com a presidente, entregou-lhe a carta de demissão, evitando assim, ser demitido pela chefe do governo federal. Para substituir Nelson Jobim, o escolhido foi o ex-chanceler do governo Lula, Celso Amorin.

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MÚSICA DO DIA: FALAM DE MIM

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A VERDADE PREVALECEU

O processo ajuizado pelo Ministério Público Eleitoral do Ceará contra o vereador de Sobral (CE) Marco Prado, o chocolate, foi julgado no fim desta quarta-feira (3), pelo Tribunal Superior Eleitoral.

A decisão do ministro Marcelo Ribeiro do TSE julgou como improcedente as acusações contra o vereador.

Segundo o relatório do ministro Marcelo Ribeiro, as acusações não passam de mera presunção. "Os elementos probatórios produzidos em juízo não remetem à captação ilícita de sufrágio", ratificou o ministro.

Emocionado com a decisão, o vereador Marco Prado disse que “a justiça foi feita e vem para mostrar que estamos sempre trabalhando com seriedade e zelando pelo respeito para com o povo sobralense”.

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NEGÓCIO DA CHINA

Empresas do deputado federal André Figueiredo, do PDT do Ceará, têm contratos com o governo federal e já lucraram desde 2009 até 2011, mais de R$ 8 milhões, segundo reportagem de Leandro Colon (Brasília), do jornal O Estado de S. Paulo.

O nome de André Figueiredo aparece no relatório sigiloso do Tribunal de Contas da União (TCU) que trata dos contratos firmados entre empresas de parlamentares e o governo federal. Para o TCU, essa relação fere o Artigo 54 da Constituição.

Outro parlamentar que também aparece no relatório é o senador Eunício Oliveira (PMDB).

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NATIMORTA

Sem assinaturas suficientes para a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), o governo federal sepultou a CPI dos Transportes. Foi mais fácil que tirar doce da boca de criança. Aliás, a famigerada CPI já nasceu morta.

Com uma oposição diluída, o embrião da Comissão Parlamentar de Inquérito nem sequer assustou a presidente Dilma. Com essa oposição, o governo pode dormir tranquilamente porque falta parlamentar encorajado a enfrentar o Planalto.

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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

ORGULHO HÉTERO

A Câmara de São Paulo aprovou nesta terça-feira (2) projeto de lei do vereador Carlos Apolinário (foto), do DEM, que cria o Dia do Orgulho Heterossexual, a ser comemorado no terceiro domingo de dezembro.

Evangélico fervoroso – quem não lembra do jingle São Paulo, segura na mão de Deus – Apolinário apresentou o projeto em 2005, mas até então, sem sucesso de aprovação, só conseguiu emplacá-lo em primeira votação.

Segundo o autor, a proposta é para combater excessos e privilégios em relação aos gays. Ele ver como privilégio o fato da Parada do Orgulho Gay de São Paulo acontecer na Avenida Paulista e a Marcha para Jesus ter sido transferida de lá.

Para virar lei, o projeto precisa ser sancionado pelo prefeito Gilberto Kassab (PSD). Se aprovado, o Dia do Orgulho Heterossexual corre o risco de ser mais uma data sem importância no calendário municipal.

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terça-feira, 2 de agosto de 2011

CAMAROTE CÓSMICO

Por Dora Kramer colunista do O Estado de S. Paulo

Oposição, numa concepção celebrada pelo ex-presidente Luiz Inácio da Silva, é um conjunto de seres mal-intencionados residentes em uma espécie de camarote cósmico de onde observam a cena e torcem impunemente pelo quanto pior, melhor.

No caso de o País afundar, os oposicionistas não teriam o que temer, pois estariam imunes aos efeitos do desastre pela simples razão de que têm posição política, pensamentos e modo diferente de ver as coisas em relação aos que momentaneamente ocupam o poder.

Por essa visão, só governistas vão ao supermercado. Só eles pagam mensalidades escolares, são usuários de serviços, compram roupas, pagam contas de luz, água, gás, condomínio, telefone, TV a cabo e internet.

Outro dia em mais um de seus discursos baseados em argumentos da "quase-lógica do senso comum" apontada já nos primórdios do primeiro mandato pela cientista política Luciana Veiga, Lula exortou a plateia a considerar "mentira" qualquer coisa que digam seus adversários porque, segundo ele, torcem para que a inflação volte furiosa e o desemprego vá à estratosfera.

Desse modo, teriam caldo de cultura para fomentar ambiente desfavorável ao governo e construir um discurso eleitoral eficaz.

Dito assim até faz sentido, mas na prática as coisas não funcionam de maneira tão simples. Às vezes, quanto mais difícil é a situação, mais medo o eleitor tem de mudar o leme de mãos.

Um exemplo disso aconteceu em 1998, quando Fernando Henrique Cardoso se preparava para disputar a reeleição e as crises internacionais sucessivas não apontavam para um cenário eleitoral favorável ao governo. Isso durante os primeiros meses daquele ano.

FH acabou vencendo outra vez em primeiro turno justamente porque o eleitorado preferiu não arriscar, reconhecendo no governo e não na oposição, mais capacidade de lidar com as dificuldades.

Ademais, quando a coisa aperta sobra para todo mundo. Muito mais até para quem porventura venha a suceder a um governo de fracassos, porque perde tempo na reconstrução antes de conseguir começar a realizar.

Se torcida tivesse poder de fazer acontecer, o Plano Real teria dado errado, o Brasil ainda estaria às voltas com a hiperinflação, os mais pobres continuariam a pagar a conta da subida diária de preços e o Brasil ainda estaria condenado ao isolamento mundial.

Felizmente, tudo saiu bem melhor que a encomenda contratada pelo PT quando era oposição. Na época atuava na base do quanto pior, melhor. Essa régua Lula usa para medir seus adversários de novo agora quando retoma a campanha para fortalecer seus partido em 2012 nos municípios e aumentar o capital para disputar com Dilma ou consigo mesmo a Presidência em 2014.

Graças ao fato de que torcida contra não faz verão, o PT pôde governar com relativa tranquilidade, incorporar como suas realizações sedimentadas ao longo dos quase 20 anos desde a redemocratização e até avançar no quesito inclusão social.

Na tentativa de desqualificar o contraditório chamando de "mentirosas" todas as críticas, na prática acusando os adversários do grave crime de lesa-pátria na medida em que seriam todos arautos do caos, Lula falta com a verdade e calunia uma parcela da opinião pública e política do País que, como em toda democracia, exercita a discordância.

Durante seus oito anos de governo e, ao que tudo indica também agora com Dilma Rousseff, o PT teve a oposição mais amena com a qual jamais poderia sonhar. Nem sempre isso funcionou para o bem. Fez mal quando permitiu que se consolidasse a falta de ética como hábito.

Sempre que pôde, o PT zombou da ineficácia, da desarticulação e do medo que os oposicionistas têm da popularidade de Lula e de sua falta de pudor de aniquilar moralmente quem lhe faz oposição em suas diatribes de palanque.

Buscando sempre mostrar que oposicionistas são brasileiros de segunda classe, insidiosos conspiradores a quem a população não deve dar ouvidos, a fim de que não se corra o risco de quebrar a hegemonia das forças representadas pelo PT, PMDB, PTB, PR e companhia, com Lula à frente como se fora o detentor do monopólio do bem.

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segunda-feira, 1 de agosto de 2011

DIREITOS HUMANOS, O BLOG DO HÉLIO BICUDO

Um dos juristas mais renomados do Brasil, político e ativista dos direitos humanos, Hélio Bicudo, aos 89 anos está na ativa. Ele fez dos Direitos Humanos sua principal causa que teve início nos anos 60, quando, como promotor de Justiça do Estado de São Paulo, combateu o temido Esquadrão da Morte.

O veterano Hélio Bicudo está conectado nas redes sociais e nos brinda com sua experiência política e de militante em seus textos que posta em seu blog Direitos Humanos, que mantêm desde agosto de 2009. As análises e os comentários abalizados transformam a página numa fonte riquíssima de cultura e história.

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