domingo, 27 de janeiro de 2013

GOVERNADOR CANALHA

Renata Cardarelli, do Comunique-se
O âncora da Bandnews FM, Ricardo Boechat, foi enfático ao chamar o governador do Ceará, Cid Gomes (PSB), de “canalha” em comentário feito na manhã desta quinta-feira, 24. Procurado pelo Comunique-se, ele questionou a surpresa com relação ao uso do termo e disse que os jornalistas são muito “cerimoniosos" quando fazem críticas a políticos, "o que geralmente se confunde com ser educado”.
Durante a transmissão do programa que comanda no rádio, Boechat deu sua opinião sobre o cachê de R$ 650 mil pago com dinheiro público do Ceará à cantora Ivete Sangalo. Ela será a atração principal da inauguração do Hospital Regional da Zona Norte, em Sobral (CE). Para o jornalista, a atitude do socialista é de “quem faz canalhice”. “Pegar dinheiro público para pagar um cachê é uma canalhice. Isso é questão do uso da língua. Quem faz canalhice é canalha, quem faz idiotice é idiota”, exemplificou.
Boechat ressalta a condição miserável do estado nordestino, que vive uma “carnificina pelo que falta de medicamentos, de profissionais e de equipamentos” nos hospitais públicos e enfatizou que se trata da promoção de “uma festa no reduto eleitoral de Cid Gomes”. O apresentador também criticou a posição do governador, que disse que manterá o show inaugural “doa a quem doer”.
Em seu comentário na Bandnews FM, ele lembrou que Gomes levou a sogra e a mulher para a Europa em jato fretado, pago com dinheiro público. O passeio, feito no carnaval de 2008, custou R$ 388 mil aos cofres públicos. O âncora, entretanto, disse que não resgatou o caso, mas que “nos esquecemos rápido demais das coisas”. “O Ceará é um estado miserável e analfabeto. Como um cara pega um jatinho e vai para a Europa com o dinheiro desse contribuinte? É um canalha, um canalha reincidente”. Boechat ressalta que dinheiro público não é propriedade de governante.
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terça-feira, 22 de janeiro de 2013

GABINETE MILITARIZADO

Sai a farda, entra o paletó e a gravata. No lugar da pistola, caneta e tablet. Em vez do quartel, o gabinete na Câmara.
Junto com os "vereadores-PMs" que tomaram posse neste ano --já apelidados de "bancada da bala"-- veio um grupo que antes dividia com eles o dia a dia da caserna.
Estão nos gabinetes de Álvaro Camilo (PSD), ex-comandante-geral da PM, Paulo Telhada (PSDB), ex-comandante da Rota, e Conte Lopes (PTB), capitão aposentado que também atuou na Rota e foi deputado estadual.
Coronel da reserva, Camilo trouxe três ex-subprefeitos da gestão Gilberto Kassab (PSD).
O chefe de gabinete é o coronel Danilo Antão, seu braço direito na PM, que chefiou a Subprefeitura do Ipiranga. Os outros são os coronéis da reserva Nevoral Bucheroni, que comandou as subprefeituras de Pinheiros e Sé, e José Francisco Giannoni, ex-subprefeito de Santana.
Camilo chamou ainda o tenente-coronel Alexandre de Felice, o único que não atuou na prefeitura. "Trouxe pessoas que sabem muito bem a demanda da população."
Ele diz que irá levar à Câmara as discussões sobre o combate aos bailes funk na periferia e a manutenção da Operação Delegada, em que PMs atuam na fiscalização do centro fora do horário de serviço.
O coronel Telhada trouxe colegas da Rota --tropa de elite da PM. Uma soldado que era sua secretária no quartel e dois sargentos reformados. Telhada terá como foco de seus a segurança na cidade.
Conte Lopes trouxe para a Câmara um major da reserva que atuou com ele na polícia e na Assembleia.

Giba Bergamim Jr. – Folha de S.Paulo
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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

4 ANOS SEM JURACI MAGALHÃES

Há quatro anos faleceu Juraci Magalhães, 77 anos, no Hospital São Mateus em Fortaleza (CE), vítima de um câncer que lutava desde 1997.
Nascido em Senador Pompeu, no sertão central cearense, Juraci Magalhães foi três vezes prefeito de Fortaleza.
Em 1994, ele concorreu ao governo do estado, em 2006 tentou a Câmara Federal, mas não foi eleito.
Governo Juraci - Seu governo ficou conhecido como "Era Juraci", onde muitas e grandes obras foram realizadas, seguidas de polêmica. Juraci construiu os primeiros viadutos de Fortaleza, a via expressa e ainda foi responsável pela implantação de alguns terminais de ônibus na Capital Cearense.
Na segunda administração (1997-2000) criou o maior programa de Geração de Emprego e Renda e qualificação de mão-de-obra através da PROFITEC.
A PROFITEC ministrou cursos profissionalizantes, desde artífice de construção até operadores de computadores para mais de 5.000 pessoas, através de convênios com o CEFET, o SENAI, o SENAC e mais de 200 associações de moradores.
Através do Banco do Nordeste a PROFITEC assegurou o financiamento de mais de 500 micro-empresas no período.
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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

PROPAGANDA DO GOVERNO

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), cobrou de seus secretários uma divulgação mais intensa dos projetos de sua gestão, com o objetivo de melhorar a imagem da administração estadual e fortalecer a campanha por sua reeleição, em 2014.
Alckmin reuniu chefes de 12 pastas por quase duas horas na noite de anteontem, no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista. Ele determinou que os chefes das pastas do governo organizem eventos em todo o Estado para inaugurar obras, anunciar a prestação de novos serviços e entregar benefícios sociais.
Marcas. O núcleo do governo tem demonstrado preocupação com a falta de "marcas" fortes na administração do tucano. Alckmin demonstrou otimismo com a execução dos principais projetos da administração, mas reclamou que o time político de seu governo ainda patina na comunicação com aliados e com o eleitorado.
O governador pediu especificamente que os secretários viajem aos municípios paulistas para divulgar tanto o lançamento de obras que ainda estiverem no papel quanto a entrega dos projetos concluídos. Alckmin quer que os eventos sejam organizados mesmo que ele não possa estar presente, sob o comando dos chefes das pastas do governo.
"Tão importante quanto o fim da construção é o momento em que a máquina começa a quebrar o chão. Esse movimento já dá ao morador uma sensação imediata de ganho", resume um integrante do secretariado.
O governador cobrou que os secretários elejam como "medalhas" e acompanhem de perto quatro ou cinco programas de suas respectivas áreas de atuação. Alckmin quer que cada pasta acelere a execução dos projetos e entregue resultados significativos ao fim do mandato.
Atrasos. A equipe do Palácio dos Bandeirantes enfrenta atrasos em uma série de projetos que deveriam ser apresentados como vitrines de Alckmin na campanha à reeleição. Esta semana, o governador admitiu que o trecho Norte do Rodoanel, que deveria estar pronto em 2014, só deve ser concluído em 2016.
O tucano também determinou que os programas sejam tocados com austeridade máxima, a fim de evitar gastos excessivos.
Esta foi a segunda reunião de Alckmin com seus secretários para realizar um balanço dos primeiros dois anos de seu governo. A primeira aconteceu na semana passada e o terceiro encontro está marcado para a próxima segunda-feira.
Secretariado. Nos próximos meses, o governador também pretende fazer mudanças nos comandos de suas secretarias para acelerar a execução de projetos e abrigar os partidos que devem apoiar sua reeleição. Aliados preveem que o DEM e o PTB serão beneficiados nesse rearranjo, e que o grupo do PSDB ligado ao ex-governador José Serra também terá espaço no governo.
São esperadas alterações nos comandos das pastas de Desenvolvimento Metropolitano, Desenvolvimento Econômico, Turismo, Agricultura e Justiça.
Alckmin deve nomear nas próximas semanas Eduardo Cury (PSDB), ex-prefeito de São José dos Campos, como novo diretor-presidente da Companhia Paulista de Obras e Serviços (CPOS).
A indicação faz parte de uma estratégia para incluir no governo ex-prefeitos tucanos que concluíram seus mandatos em dezembro de 2012. Na lista estão também Vitor Lippi (Sorocaba) e Barjas Negri (Piracicaba). Este último é cotado para dirigir a Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE).
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A GENTE NÃO QUER SÓ COMIDA

Artigo da Ministra da Cultura, Marta Suplicy publicado na Folha de S. Paulo
A Folha publicou editorial ("Vale-populismo" ) crítico do Vale-Cultura (VC). Chama de "populismo" e promoção pessoal e eleitoreira projeto de lei que buscava aprovação desde 2009. Com a regulamentação do VC, empresas poderão passar R$ 50 a seus funcionários que recebam prioritariamente até cinco salários mínimos (R$ 3.390) para gastarem em cultura.
O Brasil nos últimos anos, com Lula e agora Dilma, tem dado passos gigantescos para acabar com a miséria. Não preciso citar os números dos que hoje comem nem dos que hoje entraram na classe média. O Bolsa Família, trucidado pela oposição, hoje é comprovadamente um instrumento de erradicação da pobreza.
O Vale-Cultura pode, sim, ser o "alimento da alma". Por que não? Pela primeira vez o trabalhador terá um dinheiro que poderá gastar no consumo cultural: sejam livros, cinema, DVDs, teatro, museus, shows, revistas...
Lembro que, quando fizemos os CEUs (Centro Educacional Unificado), na pesquisa (2004) realizada no primeiro deles, na zona leste, 100% dos entrevistados nunca tinham entrado num teatro e 86%, num cinema. Quando Denise Stoklos fez seu espetáculo de mímica, a plateia se remexia inquieta até entender a linguagem e não se ouvir uma mosca no teatro, fascinado.
Fomento ao teatro, aquisição de conhecimento e bagagem cultural! Não foi à toa que Fernanda Montenegro ficou pasma com a plateia dos CEUs. Essas pessoas, se tiverem criado gosto, finalmente poderão usufruir e escolher mais do que hoje podem. E os que não têm CEU têm televisão e conhecem o que é oferecido para determinado público. Sabem também o que aparece no bairro. E sabem que não podem ir.
Existe toda uma multidão de brasileiros (17 milhões) que hoje ganha até cinco salários mínimos (R$ 3.390) que potencialmente poderão, além de comer, alimentar o espírito. Este é um projeto de lei que toca duas pontas: o cidadão que vai consumir e o produtor cultural que terá mais público para sua oferta.
Quando chegarmos nesse potencial, serão R$ 7 bilhões injetados na cultura. Nossa previsão é atingir R$ 500 milhões neste ano.
Em 2008, o Ibope realizou pesquisa sobre indicadores de cultura no Brasil e mostrou que a grande maioria da população está alijada do consumo dos produtos culturais: 87% não frequentavam cinemas, 92% nunca foram a um museu; 90% dos municípios do país não tinham sala de cinema e 78% nunca assistiram a um espetáculo de dança.
Segundo a Folha, estaremos incentivando blockbusters e livros de autoajuda. Visão elitista. Cada um tem direito de consumir o que lhe agrada. Não esqueço quando, visitando um telecentro, fiquei indignada que a maioria dos jovens estava nos chats de um reality show. Fui advertida pela gestora: "Esse é um instrumento que eles estão aprendendo a usar. Depois, poderão voar para outros interesses. Ou não".
Não custa lembrar que a fome pelo acesso à cultura é enorme, o que ficou evidente nas filas quilométricas na mostra sobre impressionistas quando apresentada gratuitamente pelo Banco do Brasil.
O que a Folha também menosprezou é a enorme alavanca que o VC pode representar e desencadear na economia. A cadeia produtiva da cultura é o investimento de maior rentabilidade a curto prazo. Para uma peça de teatro, você vai desde os artistas, ao carpinteiro, cenógrafo, vestuário, iluminador...
Quanto ao recurso ir para formação e atividades de menor sustentação comercial, citadas como prioritários pela Folha, os editais do ministério, os Pontos de Cultura, têm exatamente essa preocupação, assim como os CEUs das Artes e Esporte que são, no momento, 124 em construção no país.
"A gente quer comida, diversão e arte." (Titãs)
MARTA SUPLICY, 67, é ministra da Cultura. Foi prefeita de São Paulo (2001-2004), ministra do Turismo (2007-2008) e senadora (2011-2012)
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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

VERSOS EM GUARDANAPOS

Por Gabriel Manzano, de O Estado de S.Paulo
Foi há uns oito anos, num voo entre São Paulo e Brasília, que o então deputado Michel Temer (PMDB-SP ) pegou um guardanapo e rabiscou ideias que lhe vieram à cabeça. Era um poeminha curto, e ele o guardou. Desde então, foram tantos voos e tantos guardanapos que sua fama de poeta começou a correr, discretamente, entre os amigos. Ajuntados em grandes envelopes, esses frágeis papéis, alguns já amarfanhados, foram parar na editora Topbooks e o resultado é Anônima Intimidade, um livro de 166 páginas que o vice-presidente lança no dia 31, com ilustrações de Ciro Fernandes.
"Eu não sabia se os versos eram bons, mas os amigos me diziam que sim", avisa o autor, que é também professor de Direito e dono de bem-sucedida carreira no mundo jurídico - seu Elementos de Direito Constitucional já vendeu mais de 200 mil exemplares. "Tive o privilégio de conhecer a obra quando era um conjunto de rabiscos", diz seu velho amigo e assessor Gaudêncio Torquato, cientista político e colunista do Estado. "Outros amigos também apreciaram", diz Temer, "e o Carlinhos gostou tanto que se ofereceu até para escrever o prefácio". Carlinhos, amigo de décadas, é Carlos Ayres Britto, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal e também poeta nas horas vagas.
"Cada escrito representava meu eu interior se exteriorizando", resume o autor de seus 120 poemas. E essas exteriorizações vão desfilando em versos curtos, página por página. Às vezes, num tom filosófico, como "O mundo não era eu/ Eu não era o mundo / Dois estranhos contra a minha vontade / Convivendo". Em "Circo", ele faz um balanço da vida: "Somos todos palhaços / Choramos no camarim / Para alegrar-nos / No palco da vida".
Ele se dá momentos de exaltação amorosa: "Assim louco / Vou à procura de ti / Do teu querer / Do amor, da entrega / No ato / E fora dele / Desatino-me". Mais adiante, um olhar sobre o tempo: "Quando parei para pensar / Todos os pensamentos / Já haviam acontecido". Mas também há lugar para bom humor, neste trecho de "Assintonia", que ele mesmo lê e ri: "Lamentavelmente as coisas andam bem / Por isso andam mal os meus escritos".
O apoio crítico parece garantido. O amigo Torquato, que muito o estimulou, define a poesia de Temer como "autêntica, concisa, plena de agudas percepções". O imortal Carlos Nejar, que além da Academia Brasileira de Letras integra a Academia Brasileira de Filosofia, saúda nele "um jurisconsulto do verso, arquitetando metáforas, hipérboles, oxímoros, símbolos".
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É CARNAVAL

RIO - A um mês do carnaval, as máscaras do ministro Joaquim Barbosa, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e responsável pela condenação dos envolvidos no escândalo do mensalão, estão sumindo das prateleiras do comércio carioca. Desde o início do julgamento, já foram vendidas mais de 25 mil máscaras do magistrado e, para o carnaval, a fábrica prometeu um reforço de mais 15 mil itens. Ainda assim, os adereços estão em falta nas principais lojas do ramo.
No centro do Rio, a máscara de Barbosa com óculos e ar sóbrio é um dos mais procurados pelos foliões. Recebendo novas encomendas diariamente, a fabricante limitou o número de pedidos aceitos nos últimos dias para tentar atender à grande demanda.
"Em São Paulo, os pedidos vieram muito tarde e não sei se conseguiremos atender. Já fizemos uma nova leva, mas ainda assim são muitas encomendas", contou Olga Valles, proprietária da fábrica. "Vamos tentar, não queremos que ninguém deixe de brincar o carnaval com a máscara", garantiu a empresária.
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

PÉROLAS PARLAMENTARES

A proximidade do recesso parece que mexeu com a inspiração dos deputados federais brasileiros, que no apagar das luzes do Congresso Nacional em 2012, deram entrada em projetos ‘absurdos’ que não condizem com o que o povo brasileiro espera de seus representantes. Abaixo, com informações do Blog do Eliomar de Lima, seguem algumas pérolas em forma de projeto de lei.
- Antônia Lúcia, do PSC, sugere algo simples: isentar todos os moradores do Acre que consomem energia elétrica de pagar impostos federais. Nem precisa dizer qual é o estado da parlamentar.
- Thiago Peixoto (PSD), de Goiás, quer dar uma forcinha a prefeitos, governadores e presidente. Uma espécie de almoço grátis. Peixoto propõe a obrigatoriedade de exibição gratuita de atos, obras, serviços e campanhas do estado nos locais públicos onde há sessões de cinema.
- Se depender do gaúcho José Otávio Germano (PP), cada motorista deverá ter dentro do porta-luvas do carro o seu próprio bafômetro.
- A festa de batismos, agrados a entidades religiosas e incremento do calendário também fechou o ano com força total. Takayama (PSC-PR) trabalha para instituir o Conselho Nacional dos Ministros da Confissão Religiosa.
- Enquanto isso, o peemdebista goiano Pedro Chaves quer homenagear Vinícius Calebe Xavier Oliveira Reis Sardinha, batizando o Campos Belos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia goiano.
- Roberto de Lucena, do PV paulista, teve a ideia de instituir o Dia Nacional da Igreja O Brasil para Cristo. Amém.
- O professor Sérgio de Oliveira, PSC do Paraná, quer saber é de futebol: apresentou um projeto de lei para meter o bedelho na competência da CBF, determinando que o critério para rebaixamento dos times da série A e acesso nas demais divisões leve em consideração resultados dos dois últimos anos. Agora vai.”
Com informações da Veja Online
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