Enquanto eu estava sem internet, João Vaccari Neto e Renato
Duque viraram réus do petrolão.
O juiz Sergio Moro aceitou a denúncia contra o tesoureiro do
PT e o ex-diretor de Serviços da Petrobras pelos crimes de lavagem de dinheiro,
corrupção e formação de quadrilha.
O depoimento do vice-presidente da Camargo Corrêa, Eduardo Leite,
foi decisivo para a abertura da ação penal contra o tesoureiro: “Ele revelou
que se encontrou com Vaccari e que este pediu doações oficiais eleitorais a
título de propinas”, disse o procurador Deltan Dallagnol.
“Também há prova documental do repasse de parte da propina,
4,26 milhões de reais em doações eleitorais registradas ao Partido dos
Trabalhadores, o que teria sido feito por solicitação de Renato Duque e de João
Vaccari”, escreveu Sergio Moro.
O juiz mandou Duque para uma penitenciária estadual do
Paraná, ambiente ideal para amolecer bem depressa o afilhado de José Dirceu. Se
a esposa de Duque já era uma “bomba-relógio prestes a explodir”, como informou
a coluna Radar, agora só falta explodir em cima de Lula.
Já Vaccari insiste em permanecer no cargo, mas ainda acabará
preso e terá de ser muito bunda-mole para sacrificar-se pelo chefe, como fez o
também tesoureiro Delúbio Soares no mensalão.
A contagem regressiva para a Operação Lava Jato chegar a
Lula começou – e ele sabe disso. Tanto que pressionou Dilma Rousseff a
substituir o incompetente Aloizio Mercadante por Jaques Wagner na coordenação
das atividades do governo no Congresso Nacional.
De petrolão, Wagner entende. Ricardo Pessoa disse ter
financiado sua campanha ao governo da Bahia com propinas da Petrobras, como
mostrei aqui; José Sérgio Gabrielli, ex-presidente da estatal, foi secretário
de seu governo; e são baianas várias das empreiteiras envolvidas no esquema,
como Odebrecht, OAS e a própria UTC de Pessoa.
Enquanto a NET me desconecta, Lula vai fazendo suas
conexões.
Se para eleger Dilma, o poderoso chefão de Vaccari disse
“Eles não sabem o que nós seremos capazes de fazer”, imagine do que ele é capaz
para escapar da cadeia.
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