Da Veja
A ação de vândalos mascarados transformou um protesto contra
o impeachment de Dilma Rousseff em cenário de depredação nesta quarta-feira em
São Paulo. Os baderneiros atiraram pedras e rojões em cima dos policiais, que
revidaram com bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral na altura da Praça
Roosevelt, no Centro da capital paulista. Depois, os black blocs se dispersaram
pelas ruas, montando barricadas e ateando fogo a lixo nas vias.
Os vândalos ainda depredaram agências bancárias, lojas,
pontos de ônibus, placas de publicidade e uma cafeteria — dentro da qual havia
clientes. Este é o terceiro ato contra o impeachment realizado nesta semana que
acaba em conflito. Após a confusão inicial, os mascarados se espalharam por
vários pontos do centro, deixando um rastro de destruição por onde passavam.
Uma viatura da Polícia Civil foi
vandalizada e a sede do jornal Folha de S. Paulo, pichada.
O ato começou por volta das 18 horas em dois pontos, na
Praça do Ciclista e no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), na
Avenida Paulista. O maior alvo dos manifestantes era o presidente Michel Temer,
a quem chamavam de “golpista”. “Não vai ter arrego” e “Fora Temer” foram alguns
dos gritos proferidos pelo grupo. A Polícia Militar não divulgou o número de
participantes da manifestação.
Simultaneamente, um ato menor em celebração à cassação da
petista ocorria na frente da sede da Federação das Indústrias de São Paulo
(Fiesp), na Avenida Paulista. Vestidos de verde e amarelo, os manifestantes
comemoraram o afastamento definitivo de Dilma com bolo e champanhe. A Tropa de
Choque da PM fez um bloqueio entre o Masp e a Fiesp para evitar o encontro do
público dos dois atos.
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