domingo, 18 de junho de 2017

A PARADA QUE LACRA

Celebrando a diversidade, a Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgêneros) de São Paulo chega a sua 21ª edição. A Parada será neste domingo (18), a partir do meio-dia na Avenida Paulista, com o tema "Independente de nossas crenças, nenhuma religião é lei! Todas e todos por um Estado Laico”.  Com 19 trios elétricos, 32 DJs, os organizadores do evento pretendem levar mais de 3 milhões de participantes.
Neste ano não tem eleições, será difícil encontrar políticos em cima de um trio elétrico. Em ano eleitoral, os trios elétricos viram palanques para políticos oportunistas. Em busca de aparecer na mídia arco-íris, eles disputam cada metro quadrado nos trios que até parece camarote de cervejaria na Marquês de Sapucaí.
Porém, haverá políticos no evento que estão engajados com a causa LGBT há muitos anos, por exemplo, a senadora, Marta Suplicy (PMDB-SP), que participou de todas  edições da Parada do Orgulho Gay de São Paulo.
Marta é autora do projeto de lei de união civil entre pessoas do mesmo sexo que estava engavetado na Câmara há mais de 19 anos. Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união homoafetiva.
Junto com o Salão do Automóvel e a Fórmula 1, a Parada do Orgulho Gay de São Paulo já faz parte oficialmente do calendário de eventos  de São Paulo.  Segundo o Guinness Book – o livro dos recordes – é a maior manifestação mundial do gênero. Em São Paulo, segundo informações, o evento só perde para a Fórmula 1 em faturamento.
Segundo pesquisa realizada nesta semana na capital paulista, cada frequentador da Parada gasta por dia cerca de R$ 1.850 com hospedagem, alimentação e preparativos para o dia da Parada. O clima de festa arco-íris começa uma semana antes do dia do evento, com a "Semana da Diversidade".

Para abrir a Semana da Diversidade, aconteceu entre os dias 9 e 13, a Mostra de Cinema, com exibição de filmes e documentários da temática LGBT. No dia 11, o encontro foi no Parque Vila do Rodeio para homenagear às vitimas de LGBTfobia. Foram plantadas 100 mudas de árvores. O projeto Em Memória – Homenagem ás vítimas de violência contra LGBT busca transformar um fato triste em esperança.
A Parada que nas últimas edições estava com uma cara carnavalesca, nesta edição voltou a focar no combate ao preconceito, discriminação; a luta da comunidade LGBT tem sido de grandes desafios, a cada ano o viés político tem se fortalecido no evento, onde os defensores do movimento gay colocam em discussões as políticas públicas da causa LGBT.
Entre as lutas da comunidade gay, está a aprovação do Projeto de Lei Complementar 122 /06 que pune a homofobia no Brasil. O PLC122/06 está abafada no Senado, sem previsão de ser colocado em pauta.
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